A Proteção Civil da Madeira já sinalizou 116 ocorrências relacionadas com incêndios e queimadas não autorizadas desde que entrou em vigor o Plano Operacional de Combate a Incêndios Rurais (POCIR), em 15 de junho, indicou hoje o Governo Regional.
“A Madeira sem incêndios depende de todos e alertamos a nossa população para que todos sejam verdadeiros agentes de proteção civil, com comportamentos adequados neste período, que é crítico”, disse o secretário da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos.
O governante falava aos jornalistas no decurso de uma visita a uma área florestal nas montanhas sobranceiras à cidade do Funchal, onde decorrem atividades de vigilância das equipas integradas no POCIR, que, na Região Autónoma da Madeira, vigora entre 15 de junho e 30 de novembro.
Das 116 ocorrências registadas até à data, 81 foram queimadas não autorizadas, situação que leva as autoridades a reforçar os apelos à população para que mantenha “comportamentos adequados”, sobretudo no fim de semana, em que a costa sul e as regiões montanhosas da ilha da Madeira se encontram sob aviso amarelo para tempo quente e vento forte.
Até à data, nenhum dos incêndios sinalizados atingiu grandes dimensões.
Pedro Ramos explicou que o POCIR 2022 envolve 788 equipas, num total de 2.602 operacionais, que já percorreram cerca de 50.000 quilómetros em ações de vigilância e fiscalização.
O Plano Operacional de Combate a Incêndios Rurais é coordenado pelo Serviço Regional de Proteção Civil e abrange todo o território do arquipélago da Madeira, assentando na cooperação dos corpos de bombeiros com os municípios e vários organismos e instituições, nomeadamente o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, o Comando Territorial da Madeira da GNR, as Forças Armadas e o Comando Regional da PSP da Madeira.
O Governo Regional (PSD/CDS-PP) decretou a atribuição de um apoio financeiro, no valor de 1,1 milhões de euros, às associações humanitárias de bombeiros e às câmaras municipais no período de vigência do POCIR 2022.