A ministra da Defesa admitiu hoje que, se for necessário, as Forças Armadas poderão reforçar a presença nas operações de combate e prevenção dos incêndios florestais em Portugal.
“A qualquer momento pode ser ativado esse reforço, se for considerado necessário”, disse Helena Carreiras à margem de uma visita ao Complexo Social Nossa Senhora da Paz, da Liga dos Combatentes, no Porto.
De acordo com a titular da Defesa, “há já seis pelotões de efetivos de rescaldo, há duas companhias de engenharia com máquinas, duas máquinas de rasto e há também um módulo de alimentação, entre outros, e muitas patrulhas que, ativamente, em todo o território acompanham outras entidades com as quais existem, de resto, protocolos”.
Este trabalho de vigilância e apoio logístico é desenvolvido durante toda a época de verão, tendo envolvido já perto de 1.000 operacionais, referiu.
Portugal Continental está em situação de contingência até domingo devido às previsões meteorológicas, com temperaturas muito elevadas em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
Cinco distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.