Mais de 700 bombeiros encontravam-se pelas 22:30 de hoje em ações de rescaldo ou prevenção em Portugal continental, a maioria no concelho de Vila Pouca de Aguiar onde o incêndio que deflagrou na quarta-feira já foi dado como dominado.
Depois do fogo que deflagrou quarta-feira em Revel, Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, ter sido dado como dominado pelas 21:30, não se registava pelas 22:30 qualquer fogo ativo em Portugal continental que mobilizasse um grande número de meios.
De acordo com a informação disponível às 22:30 no `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), registavam-se 30 fogos em fase de resolução ou extintos, que mobilizavam 730 operacionais, apoiados por 216 meios terrestres.
O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Revel, Vila Pouca de Aguiar, continuava pelas 22:30 a ser a ocorrência com maior número de operacionais no terreno, com 313 bombeiros apoiados por 92 viaturas.
Durante a noite haverá reposicionamento de meios e será mantida uma “presença massiva” de homens em operações de consolidação, rescaldo e vigilância” e no sábado manter-se-á também uma “presença bastante forte de operacionais” para prevenir reativações, segundo o comandante distrital de operações de socorro de Vila Real (CODIS), Miguel Fonseca.
Segundo a autarquia, Vila Pouca de Aguiar perdeu cerca de 4.000 hectares de pinhal, mato e culturas agrícolas nos dois grandes incêndios que lavraram no concelho nas duas últimas semanas, com um prejuízo financeiro elevado para as populações locais.
Já dado como extinto, o fogo que começou na quinta-feira em São Pedro Velho, Mirandela, no distrito de Bragança, mantinha no terreno 97 operacionais com 30 viaturas.
Nos fogos que começaram hoje, já extintos, em Franco, Figueira da Foz (Coimbra), estavam mobilizados 73 operacionais com 21 viaturas, enquanto em Mapica do Tejo, Castelo Branco, estavam 70 bombeiros com 19 meios terrestres.
Desde as 21:00 de hoje que tiveram início vários fogos, nos distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo, mas que mobilizavam ainda poucos meios às 22:30.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) lançou hoje um aviso à população para o perigo de incêndios até segunda-feira, devido às temperaturas altas previstas e graus de humidade baixos, apelando para comportamentos preventivos.
A Proteção Civil refere, em comunicado, que de acordo com a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), está prevista a continuação do tempo quente e seco até à próxima segunda-feira (01 de agosto), com tempo seco, valores baixos de humidade relativa no interior e na região Sul durante as tardes, e com fraca recuperação noturna nas regiões do interior e no Algarve, (com diminuição da humidade relativa durante a tarde e a noite nos próximos dias).
A ANEPC alerta igualmente para “temperaturas máximas a contribuir para onda de calor, especialmente no interior Norte e Centro” e “vento a predominar de norte/noroeste, por vezes forte na faixa costeira ocidental e nas terras altas”, estando também prevista uma rotação do vento para este/nordeste, no interior Norte e Centro, com enfraquecimento no litoral oeste.
Face a estas condições atmosféricas, existe “perigo de incêndio rural muito elevado a máximo na maior parte do território”, avisa a Proteção Civil.