O Programa Regional de Ação (PRA) para a gestão integrada de fogos rurais no Centro dispõe de 1,3 mil milhões de euros para investir em projetos até 2030, foi hoje anunciado.
O PRA foi aprovado por unanimidade “após 10 meses de reuniões” das entidades que fazem parte do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), informa em comunicado a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
“O Centro foi a primeira das cinco regiões a atingir este marco”, congratula-se a CCDRC, presidida por Isabel Damasceno, realçando que o PRA “define as iniciativas prioritárias a implementar na região até 2030”.
No texto, é valorizado o “compromisso base” de conseguir “que a área ardida acumulada não ultrapasse 1%, o número de incêndios seja reduzido em 80% e seja assegurada a gestão efetiva de 700 mil hectares” do território.
“Dos mais de 50 projetos definidos, destaca-se a gestão agregada de territórios, a remuneração dos serviços de ecossistema, o pastoreio extensivo com rebanhos, a implementação dos programas Aldeia Segura, Pessoas Seguras e as práticas pedagógicas no ensino básico e secundário para o risco”, segundo o organismo público.
Citada na nota, Isabel Damasceno afirma que “foi gratificante ver, numa área tão importante para a região, um trabalho envolvente de tantas entidades que produziu o documento agora aprovado”.
“Terá agora que se confirmar o trabalho de execução do plano, contando igualmente com o envolvimento de todos”, preconiza a líder da CCDRC, com sede em Coimbra.
O processo que antecedeu a aprovação do PRA foi “facilitado pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) e presidido pela Comissão de Coordenação”, tendo envolvido cerca de 40 entidades, seis sub-regiões e mais de 400 pessoas.
Para o coordenador regional da AGIF, Rui Xavier, “este resultado é fruto do envolvimento de todas as entidades conhecedoras do seu território e dos seus problemas”.
“Este objetivo foi alcançado graças ao envolvimento e compromisso de todos os agentes que trouxeram para cima da mesa as soluções que permitem que a região esteja mais resiliente e protegida de incêndios rurais graves até ao final de 2030”, refere o responsável.
O PRA é um dos instrumentos da regionalização do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais 2030.