A Proteção Civil registava às 12:00 de hoje quatro incêndios florestais que mereciam “mais preocupação”, nos distritos de Vila Real e Castelo Branco, mobilizando um total 847 operacionais, 258 meios terrestres e 11 meios aéreos.
Num balanço feito às 12:00 na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, precisou que foram registadas hoje 23 ignições, seis das quais estavam ativas àquela hora, sendo que quatro eram as “mais preocupantes”.
Segundo o comandante nacional, estas ocorrências de incêndio de maior preocupação ocorrem três no distrito de Vila Real, Bustelo (Chaves), Murça e Vila Pouca de Aguiar, e uma outra no Fundão (Castelo Branco).
André Fernandes adiantou que o dia 13 de julho foi o que registou o maior número de fogos este ano.
O responsável disse ainda que se mantêm nas ocorrências mais significativas dos últimos dias – tendo algumas delas começado a 07 de julho – “um número significativo de meios para ações de vigilância e rescaldo”, designadamente em Faro, Guarda, Porto, Santarém, Leiria e Vila Real.
O comandante nacional deu também conta que, desde o dia 07 de julho, os incêndios florestais provocaram um morto (piloto de uma aeronave de combate aos fogos), cinco feridos graves, 109 feridos ligeiros e 95 pessoas assistidas.
Desde o dia 08 de julho, quando começaram a deflagrar os incêndios de maior dimensão, 960 pessoas foram retiradas das suas casas e 431 abrigadas nas zonas de concentração e apoio à população, tendo a maioria já regressado às suas habitações.
Segundo o responsável, 20 pessoas tiveram de sair das suas casas no incêndio que está a lavrar no concelho de Murça (Vila Real).
No domingo, a ANEPC registou danos em sete habitações, cinco das quais devolutas, e em vários anexos em consequência do incêndio que deflagrou no sábado em Bustelo, concelho de Chaves (Vila Real, enquanto o fogo do Fundão (Castelo Branco) causou danificações em vários anexos e u,a habitação.
Portugal continental passou hoje para situação de alerta, o nível de resposta mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, depois de ter estado durante sete dias em situação de contingência (nível intermédio entre alerta e calamidade) devido ao risco extremo de incêndio rural e elevadas temperaturas.
A situação de alerta prolonga-se até às 23:59 de terça-feira, dia em que voltará a ser reavaliada a situação.