Incêndios: questão dos meios deve ser abordada na “vertente qualitativa”

O engenheiro florestal Joaquim Sande Silva analisa a situação atual dos fogos na SIC Notícias.

Joaquim Sande Silva, engenheiro florestal e professor da Escola Superior Agrária de Coimbra, analisou, esta quinta-feira na SIC Notícias, a situação atual dos incêndios e disse que a questão dos meios deve ser abordada na “vertente qualitativa”.

“A questão dos meios, normalmente, é abordada numa perspetiva quantitativa, mas aquilo que vemos nas práticas internacionais é que é uma questão que deve ser abordada muito na vertente qualitativa”, afirmou.

O engenheiro florestal explicou que “há que analisar se os meios são adequados e se as técnicas e estratégicas de combate ao incêndio estão a ser adequadas caso a caso”.

Questionado se o país está melhor preparado para combater os incêndios do que há cinco anos, em Pedrógão Grande, Joaquim Sande Silva disse que “os balanços fazem-se sobretudo no final da época”.

“Temos tido épocas de incêndios bastante ‘generosas’, do ponto de vista da meteorologia, porque, desde Pedrógão, nada (…) é semelhante com o que se está a passar este ano, com uma seca extrema que se prolonga desde o início do ano”, adiantou.

“É um bom ano de teste para sabermos se, de facto, estamos melhor preparados ou não”, afirmou.

O professor da Escola Superior Agrária de Coimbra disse também que “esta situação é muito semelhante àquilo que se verificou em 2005, em que tivemos também um ano de seca extrema (…). O balanço no final de 2005 foram mais de 300 mil hectares ardidos”.

“Criou-se uma certa ilusão, um certo mito, quer entre a opinião pública quer entre os especialistas, de que vamos conseguir mudar a paisagem de forma significativa, de modo a influenciar dessa forma a propagação dos incêndios”, concluiu.

Veja a reportagem na SIC Notícias.


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