Seis habitações afetadas, dezenas de alfaias destruídas, um bombeiro ferido e cerca de 4.200 hectares ardidos é o balanço preliminar do fogo que atingiu durante vários dias Alvaiázere, disse à agência Lusa o presidente daquele concelho.
“Temos uma área ardida de cerca de 4.200 hectares. Seis casas foram afetadas pelo fogo, que não vou distinguir de primeira ou segunda habitação, nem se foram destruídas total ou parcialmente, assim como muitas dezenas de alfaias agrícolas. Há registo de um bombeiro ferido, que foi operado e está a recuperar”, informou o presidente da Câmara de Alvaiázere, João Guerreiro (PSD).
Segundo o autarca, “muitas pessoas ficaram sem o seu ‘stock’ de alimentos” e a Direção Regional da Agricultura e Pescas ainda está a fazer o seu levantamento.
“Ardeu uma extensa área de olival, uma das principais produções do concelho, o que nos preocupa muito”, destacou João Guerreiro.
O concelho de Alvaiázere, no distrito de Leiria, tem desenvolvido contactos com a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria e com a associação Terras de Sicó, “junto dos diferentes organismos da tutela”, procurando que “o evento seja classificado como uma situação de exceção e emergência” para que seja “disponibilizada uma linha de apoio que ajude a normalizar a vida das pessoas”.
João Guerreiro constatou que “dezenas de famílias ficaram quase sem nada e que a sua fonte de rendimento foi afetada”.
“Depois do combate aos incêndios, o apoio às pessoas é o nosso combate. As autarquias não têm dotação para apoiar, mas estas famílias precisam de o ser”, rematou.
O fogo em Alvaiázere, que se reacendeu no dia 12, resultou de um incêndio no concelho de Ourém, no distrito de Santarém, que deflagrou no dia 07, pelas 16:37.