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Incêndios: Tavira estima acabar obras em centro de meios aéreos até dezembro

A Câmara de Tavira espera concluir até junho o concurso para as obras do Centro de Meios Aéreo de Cachopo e ter a intervenção pronta até dezembro, mantendo a operacionalidade da pista na época de incêndios, estimou o município.

A intervenção no Centro de Meios Aéreos de Cachopo, localizado na serra algarvia, a 40 quilómetros do litoral, está orçada em 2,5 milhões de euros, com financiamento comunitário, no sentido de “reforçar a capacidade de resposta de proteção e socorro de meios aéreos no Algarve”, precisou a autarquia.

Em declarações à Lusa, fonte do município adiantou que a obra, que prevê a requalificação da pista existente e a construção de um edifício de apoio, entre outros trabalhos, ainda não foi adjudicada, estando o procedimento em fase de concurso até 30 de março, processo que deverá estar concluído no primeiro semestre de 2022.

“Atualmente, o Heliporto de Cachopo só funciona no período de combate aos incêndios florestais, entre junho e setembro. A obra tem um prazo de execução de seis meses e o município vai procurar conciliar a execução dos trabalhos com a operacionalidade da pista”, assegurou a mesma fonte.

Depois das obras, o centro ficará preparado para operar todo o ano, em vez de só estar ativo durante o verão, no período de maior risco de incêndios, acrescentou.

Questionada sobre quando será retomado o trabalho em pleno no centro de meios aéreos, a mesma fonte respondeu que, “com a conclusão da obra, prevista para dezembro de 2022, a atividade pode ser retomada a partir de janeiro de 2023”.

Os trabalhos previstos vão permitir, segundo a autarquia do distrito de Faro, “melhorar e otimizar os diversos meios, no que concerne à proteção e socorro, com vista a uma intervenção cada vez mais eficiente e qualificada de todos os agentes de Proteção Civil do concelho”.

A intervenção visa ainda, frisou, “proporcionar, no sotavento [leste] algarvio, um local de apoio logístico e pré posicionamento de meios, humanos e materiais, durante todo o ano, para sustentação de operações de Proteção Civil e Socorro”.

A mesma fonte recordou que a atual pista necessita de “obras de beneficiação” para poder acolher helicópteros pesados Kamov, que não podem aterrar em Cachopo nas presentes condições do centro.

Com a empreitada, prevê-se uma melhoria das condições das instalações de apoio, que funcionam “em módulos prefabricados, sem condições adequadas à permanência de meios humanos e materiais, durante todo o ano”.

Após as obras, as novas instalações poderão também “funcionar como Centro de Formação e Pedagogia em matérias de Proteção Civil e Socorro” para “agentes de Proteção Civil, mas também a população em geral”.

O Centro de Meios Aéreos de Cachopo está inserido na candidatura “0753_CILIFO_5_E – Centro Ibérico para a Investigação e Luta contra Incêndios Florestais”, ao abrigo do programa comunitário INTERREG V A ESPANHA PORTUGAL (POCTEP), financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).


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