Três aldeias do concelho de Castelo Branco têm em pleno funcionamento o programa Aldeia Segura e o município vai avançar com candidaturas para a sua implementação em mais sete localidades, informou hoje o autarca local.
“Neste momento temos três aldeias onde este programa [Aldeia Segura] está implementado que é no Padrão, Lisga e o Pomar. Em breve, faremos a candidatura para mais sete aldeias”, afirmou o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues.
O autarca falava aos jornalistas, à margem do simulacro Aldeia Segura, Pessoas Seguras, que decorreu na aldeia de Padrão e que consistiu num simulacro de incêndio com recolha das pessoas ao abrigo local.
“O objetivo é alargar o projeto, pelo menos, às aldeias [do concelho] que se situam nas freguesias onde existe ainda uma grande mancha florestal”, sustentou.
Leopoldo Rodrigues realçou ainda que no concelho de Castelo Branco, houve aldeias onde o trabalho se desenvolveu de uma forma mais célere e existem outras, “onde [o programa] está um pouco mais parado”.
No caso da aldeia de Padrão, o programa está em pleno funcionamento, e o autarca realça a importância desta operacionalização, uma vez que o aglomerado populacional está situado numa área de floresta relativamente densa e onde as situações de emergência podem ser mais preocupantes do que em outras aldeias onde não existe grande arborização.
Já sobre o verão que se aproxima, a falta de pluviosidade e os fogos rurais, Leopoldo Rodrigues sublinhou que o município “está atento e a trabalhar”, nomeadamente, em medidas que poderão vir a ser implementadas no terreno.
“Não sabemos o que vai acontecer daqui até ao verão, mas o que tem acontecido até agora, em termos de pluviosidade, deixa-nos preocupados a vários níveis”, frisou.
O autarca adiantou que o serviço municipal de Proteção Civil está a trabalhar com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) e a fazer uma avaliação, no sentido de trabalhar medidas que poderão vir a ser implementadas no terreno.
Os programas Aldeia Segura e Pessoas Seguras foram criados pelo Governo, após os grandes incêndios de 2017, e estabelecem um conjunto de medidas destinadas a introduzir “uma reforma sistémica na prevenção e combate aos incêndios florestais, estendendo-se a outras áreas da proteção e socorro”.
O Aldeia Segura é definido como um “programa de Proteção de Aglomerados Populacionais e de Proteção Florestal” e destina-se a estabelecer “medidas estruturais para proteção de pessoas e bens, e dos edificados na interface urbano-florestal, com a implementação e gestão de zonas de proteção aos aglomerados e de infraestruturas estratégicas, identificando pontos críticos e locais de refúgio”.
Por seu turno, o Pessoas Seguras visa promover “ações de sensibilização para a prevenção de comportamentos de risco, medidas de autoproteção e realização de simulacros de planos de evacuação, em articulação com as autarquias locais”.