(In)certezas para 2017 – Editorial de Teresa Silveira + Suplemento Agrovida

[Fonte: Vida Económica] A vitória, inesperada para os americanos e, mais ainda, para os europeus, de Donald Trump nos Estados Unidos em novembro, e as incertezas quanto às eleições em França e na Alemanha em 2017, ditarão, no plano internacional, o nível de segurança, assertividade e de conforto com que se irão mover as empresas portuguesas no exterior, nomeadamente as do agroalimentar com exportações em curso ou investimentos planeados para aquelas geografias. Em Portugal, apesar do impasse ainda não resolvido no sistema financeiro que dá pelo nome de Caixa Geral de Depósitos, o quadro político parece estável. E o Presidente da República segue cúmplice com a atuação do Governo.

O Orçamento do Estado para 2017 foi esta semana aprovado em votação final global na Assembleia da República, com os votos favoráveis do PS, BE, PCP, PEV e PAN e os votos contra do PSD e do CDS, pelo que, a menos que algum sobressalto político ou financeiro de maior venha a assolar o país nos próximos meses, há condições de governabilidade e de estabilidade para o próximo ano.

Também ao nível dos quadros comunitários de apoio ao país, depois das inseguranças normais(?) da fase de arranque, tudo parece encaminhar-se para a velocidade de cruzeiro. Portugal 2020, PDR 2020 e MAR 2020 estão em execução, ainda que os projetos sejam analisados lentamente e os apoios cheguem a passos lentos às empresas e aos investidores, com as consequências que isso traz para a concretização dos investimentos.

O setor agroalimentar nacional registou, ainda assim, bons desempenhos em 2015, nomeadamente nas exportações, e 2016, até ao primeiro semestre, não regista valores em baixa.

Esperamos pela execução final do ano e venha 2017!


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