Indicador da FAO de preços alimentares voltou a recuar em Maio, pelo segundo mês consecutivo, apesar da média dos preços de cereais, óleos, carne, lacticínios e açúcar permanecer 22,8% acima de igual mês no segundo ano de pandemia.
Depois de ter recuado, em cadeia, 0,8% em Abril passado, o indicador que acompanha bens essenciais à alimentação e indústria agro-alimentar da FAO voltou a recuar em Maio pelo segundo mês após ter chegado ao máximo histórico nos seus 32 anos de vida em Março passado. Recuou 0,6%, para 157,4 pontos, o que, em simultâneo, significa que está ainda 22,8% acima do registado em Maio de 2021 – o segundo ano em que o mundo lidava com a pandemia de covid-19.
Segundo a informação divulgada esta sexta-feira pela Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO na sigla em inglês), o indicador que acompanha os mercados internacionais de cinco subíndices de matérias-primas agrícolas e bens alimentares foi sobretudo influenciado pela descida de preços nos óleos vegetais, lacticínios e, em menor escala, no açúcar.
Os cereais e a carne – com relação directa entre ambos via alimentação animal – continuaram, contudo, em sentido ascendente.
A FAO (de Food and Agriculture Organization of the United Nations) afirma esta sexta-feira que o subíndice dos cereais aumentou 2,2% em Maio, para 173,4 pontos, com “os preços do trigo a subirem pelo quarto mês consecutivo”. No mês passado, este cereal registou uma subida de 5,6%, situando-se agora num patamar que é 56,2% mais elevado do que em Maio de 2021. E está a 11 pontos percentuais de atingir o seu valor mais elevado de sempre, datado de Março de 2008.
“O aumento acentuado dos preços do trigo”, contextualiza a agência da ONU, ocorreu como reacção à “proibição de exportação anunciada pela Índia”, num mercado mundial já muito pressionado pela “redução […]