Um total de 17 empresas de produção de óleo e sabão em Inhambane, no sul de Moçambique, podem encerrar devido a falta de coco no mercado, principal matéria-prima usada para a produção, anunciou hoje fonte oficial.
Segundo Francisco Feijão, diretor provincial da agricultura e pesca, a redução da oferta de coco para o setor industrial deve-se ao aumento da sua comercialização em bruto ou fresco, mercado preferido pelos comerciantes devido ao preço e à facilidade de venda.
Para as empresas de produção de óleo e sabão é vendida a copra (a polpa seca do coco) por cinco meticais (0,07 euros) a unidade e nas ruas e mercados locais é vendido o coco fresco por 12 a 20 meticais (0,17 a 0,29 euros) a unidade, referiu o responsável citado hoje pelo diário Notícias.
De acordo com as autoridades, o preço praticado na venda do coco nos mercados locais anima os proprietários dos pomares, o que os leva a reduzir o abastecimento para as indústrias de processamento.
Face à situação, Francisco Feijão disse haver uma redução da produção de derivados de coco nos últimos anos em Moçambique, tendo sido produzida uma tonelada de óleo cru de copra em 2020, contra cerca de 6.000 toneladas produzidas em 2018.