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– 20-11-2013 |
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INE: Boas perspectivas para olival e milhoAs previs�es agr�colas do INE, a 31 de Outubro, apontam para um aumento consider�vel do rendimento unit�rio dos olivais para azeite (+40%) e para azeitona de mesa (+25%), face ao ano anterior. Também no milho as perspectivas são animadoras, prevendo-se uma campanha muito produtiva, que dever� ultrapassar as 900 mil toneladas, o que j� não ocorria desde 2001. Nos pomares de ma�� e pôra prev�em-se aumentos de produ��o (+30% e +75%, respectivamente), tal como nos soutos de castanheiros (+20%), bastante beneficiados com a precipita��o de Setembro. No sentido inverso, as searas de arroz revelaram-se menos produtivas (-10%), e as de tomate foram bastante afectadas pelas condi��es climatéricas adversas, tendo a produ��o diminu�do 20%. O kiwi, com uma fraca poliniza��o e problemas fitossanit�rios graves, previsivelmente sofrer� uma redu��o na produ��o de 10%, enquanto a am�ndoa dever� registar uma das piores campanhas das últimas d�cadas (-40%). Na produ��o vitivin�cola as previs�es apontam para uma manuten��o da produ��o, com alguma diminui��o da qualidade dos mostos obtidos nas vindimas ap�s as chuvas do princ�pio do m�s.
O m�s de Outubro caracterizou-se, em termos meteorol�gicos, por valores de temperatura e precipita��o superiores ao normal. A precipita��o, intensa e persistente, acompanhada por ventos fortes, concentrou-se principalmente no in�cio do m�s e entre os dias 20 e 25, em especial nas regi�es do Norte e Centro. Estas condi��es, apesar de favor�veis para algumas culturas, nomeadamente por terem elevado o teor de humidade do solo, constitu�ram um factor de perturba��o na realiza��o dos trabalhos habituais para �poca, atrasando as colheitas das culturas de primavera/ver�o (milho, tomate e arroz), as vindimas (com consequ�ncias qualitativas não despicientes) e a prepara��o dos solos para a instala��o de novas culturas. Prados, pastagens e culturas forrageiras beneficiam com as precipita��es e temperaturas amenas Os prados, pastagens e culturas forrageiras apresentam o aspecto vegetativo normal para a �poca. As precipita��es do final de Setembro e as temperaturas amenas ao longo de Outubro criaram condi��es favor�veis � germina��o e a um bom desenvolvimento vegetativo de ervas espont�neas e das forragens j� semeadas, observando-se j� abundantes disponibilidades de matéria verde para o pastoreio dos pequenos ruminantes. Apesar disso, a alimenta��o dos efectivos continua a recorrer a palhas, fenos e silagens, em quantidades dentro dos par�metros normais, estando a utiliza��o de ra��es industriais quase exclusivamente limitada aos arra�oamentos na pecu�ria de leite e de engorda intensiva. Olival com boas perspectivas Nos olivais a flora��o foi abundante e decorreu sem problemas, pelo que as �rvores apresentam uma carga de frutos bastante razo�vel, muito superior � registada no ano anterior. Prev�-se um aumento do rendimento unit�rio de 40% na azeitona para azeite e de 25% na azeitona de mesa, face a 2012, o que a confirmar-se posicionar� a campanha de 2013 como uma das melhores das duas últimas d�cadas. De um modo geral a azeitona ainda se encontra muito verde, com um atraso na matura��o de cerca de duas semanas. As chuvas do final de Setembro e de Outubro e o aumento da humidade relativa, apesar de terem contribu�do para engrossar a azeitona, criaram condi��es prop�cias para o desenvolvimento de pragas e doen�as, situa��o que poder� afectar a qualidade da azeitona. Aumento de área cultivada impulsiona produ��o de milho A colheita dos milhos de regadio iniciou-se com atraso face ao normal, e tem decorrido com algumas dificuldades, resultantes sobretudo do estado de encharcamento dos terrenos onde se encontram instalados, obrigando em muitos casos � utiliza��o de rastos nas ceifeiras-debulhadoras. As colheitas efectuadas antes das chuvadas e dos ventos fortes deste m�s apresentaram produtividades superiores �s alcan�adas na campanha passada. No entanto, estas condi��es climatéricas poder�o ter contribu�do para a diminui��o global do rendimento unit�rio, dado que originaram a quebra de muitas plantas, dificultando ou impossibilitando a colheita das espigas. Assim, prev�-se que a produtividade se mantenha ao nível. de 2012, o que conduzirá a um aumento de produ��o de 10%, em resultado exclusivamente do aumento da área semeada. Nos milhos de sequeiro, a produ��o dever� registar um aumento de 5% face a 2012. A produ��o total de milho prevista (932 mil toneladas) � uma das maiores das últimas d�cadas, apenas superada pela produ��o de 1998 (981 mil toneladas, mas com uma área 2/3 superior � actualmente cultivada). Em termos de comercializa��o, a aten��o do sector mant�m-se centrada na volatilidade do pre�o deste cereal nos mercados internacionais, que no período de um ano baixou cerca de 45%. Quanto ao arroz, a colheita Também se encontra atrasada e a decorrer com dificuldades, em terrenos muito encharcados. A acama, provocada pela chuva e ventos fortes, conduziu � perda de produ��o, quer por desgrana��o, quer por germina��o na espiga. Desta forma, prev�-se uma redu��o da produ��o na ordem dos 10% face � anterior campanha, que dever� rondar as 168 mil toneladas, valor próximo da média do �ltimo quinqu�nio. Campanha adversa com reflexos na produ��o no tomate para a ind�stria Ap�s um período de plantação atribulado, com a chuva de final de primavera a atrasar a instala��o das culturas, as elevadas amplitudes t�rmicas registadas pela altura da flora��o/vingamento foram respons�veis por situa��es de grande heterogeneidade na matura��o dos frutos, conduzindo a uma percentagem de desperd�cio superior ao normal. A chuva no final de Setembro/princ�pio de Outubro provocou o apodrecimento de muito tomate que ainda se encontrava por colher. Em termos globais, prev�-se uma redu��o de 20% na produ��o, face a 2012, com uma qualidade média inferior. Quanto ao girassol, prev�-se um aumento de 10% da produ��o, quando comparada com a campanha anterior. Ma�� e pôra com produ��es acima da média Com a conclusão da colheita da maioria das variedades tardias, confirmam-se os aumentos previstos de produ��o de ma��, na ordem dos 30%, face a 2012 (ano muito afectado pelas condi��es de seca extrema, principalmente no interior Norte), posicionando esta campanha como uma das melhores da última d�cada. Apesar da qualidade estar, de um modo geral, dentro dos padr�es normais, com desenvolvimento regular da cor, observa-se uma elevada percentagem de ma�� de baixo calibre. No que diz respeito � pôra, as boas condi��es climatéricas na flora��o e vingamento promoveram um grande n�mero de frutos. No entanto, as baixas temperaturas que se seguiram, conjugadas com a elevada precipita��o ao longo do desenvolvimento vegetativo e com os picos de temperatura extrema em fases adiantadas do ciclo, originaram uma multiplica��o celular irregular, pelo que as �rvores apresentaram frutos de calibre muito heterog�neo. A produ��o total prevista � muito superior (+75%) � da campanha anterior, com uma qualidade boa, grau brix elevado e concentra��o de carepa normal. J� o p�ssego, tal como as outras prun�ideas, foi bastante afectado pelas condi��es climatéricas adversas ocorridas na fase da flora��o/poliniza��o, que fizeram cair muita flor e reduziram o n�mero de frutos vingados. Prev�-se que a produ��o alcance as 23 mil toneladas (-25%, face a 2012). M� poliniza��o e acidentes fitossanit�rios condicionam produ��o de kiwi A diminui��o das temperaturas e a ocorr�ncia de precipita��o nas principais zonas produtoras de kiwi (Entre Douro e Minho e Beira Litoral) beneficiaram o desenvolvimento dos frutos, nomeadamente ao nível. do calibre. No entanto, estas contribui��es não foram suficientes para mitigar as quebras resultantes de uma fraca flora��o/poliniza��o e da propaga��o da Pseudomonas syringae pv actinidiae, bact�ria e agente causal da doen�a designada vulgarmente por PSA ou �cancro bacteriano do kiwi�, pelo que se prev� uma redu��o na produ��o (-10%, face a 2012), que ficar� abaixo das 20 mil toneladas pela primeira vez nos �ltimos cinco anos. Produção de frutos de casca rija: castanha aumenta, am�ndoa diminui As condi��es climatéricas desfavor�veis por altura da flora��o e vingamento dos frutos, aliadas ao envelhecimento e degrada��o das condi��es de muitos amendoais, contribu�ram para que a actual campanha de produ��o de am�ndoa seja, previsivelmente, a pior das últimas duas d�cadas, com apenas 4 mil toneladas (-40% face a 2012). Em sentido oposto, a ocorr�ncia de precipita��o no final de Setembro nas principais zonas produtoras de castanha em Tr�s-os-Montes foi determinante para o normal desenvolvimento destes frutos, prevendo-se um aumento global de produ��o de 20% face ao ano anterior. Campanha vitivin�cola com n�veis de produ��o semelhantes aos de 2012 Em muitas regi�es vitivin�colas, o tempo seco das primeiras semanas de Setembro proporcionou alguma recupera��o no atraso de cerca de 2 semanas que as vinhas apresentavam desde as fases iniciais de desenvolvimento, tendo-se iniciado as vindimas com graus alco�licos elevados. No entanto, a ocorr�ncia de chuva na última semana de Setembro e princ�pios de Outubro, sendo ben�fica em termos de rendimento, afectou o grau alco�lico e comprometeu o estado sanit�rio de algumas vindimas, nomeadamente com o aparecimento de podrid�es. Prev�-se a manuten��o da produ��o face � vindima anterior. Fonte: INE
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