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– 19-02-2014 |
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INE: Maior produção de azeitona dos últimos 50 anosAs previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), a 31 de Janeiro, apontam para uma produção de 627 mil toneladas de azeitona para azeite, a maior desde a década de sessenta, em resultado da conjugação de condições climatéricas favoráveis ao longo do ciclo com a entrada em plena produção de novos olivais intensivos. As sementeiras de cereais de Outono/Inverno decorreram sem grandes constrangimentos, excepção feita às mais tardias, interrompidas e prolongadas no tempo devido à precipitação constante. As áreas semeadas destas culturas são semelhantes às da campanha passada com excepção do trigo mole que deverá aumentar 5% e do trigo duro onde se prevê uma diminuição de 5%. As searas apresentaram germinações e desenvolvimentos vegetativos heterogéneos, melhores nas semeadas no cedo. De referir algumas ocorrências de problemas relacionados com o excesso de precipitação, principalmente nos solos mais pesados e com menor drenagem.
O mês de Janeiro caracterizou-se, em termos meteorológicos, por temperaturas amenas e precipitação acima da normal. Os registos deste mês posicionam-no como o 3º Janeiro com as temperaturas mínimas e médias mais altas desde 1931 e, de acordo com o IPMA, foi classificado como chuvoso a muito chuvoso nas regiões do Norte e Centro e normal a seco na região Sul. Estas condições climatéricas, que permitiram a reposição das reservas hídricas, dificultaram a realização das tarefas agrícolas normais para a época, nomeadamente as podas de vinhas e pomares e a colheita da azeitona. Os trabalhos mecanizados também foram afectados pelo estado de encharcamento dos solos, com dificuldades na entrada das máquinas para a realização de adubações de cobertura (arvenses), aplicação de herbicidas (arvenses, vinha e pomares) e colheita mecânica da azeitona. A percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, aumentou em todas as regiões do Continente, sendo no final de Janeiro inferior à normal apenas no Baixo Alentejo e Algarve. CLIMATOLOGIA EM JANEIRO 2014
Prados, pastagens e culturas forrageiras De uma maneira geral os prados, pastagens e culturas forrageiras apresentam um desenvolvimento normal para a época. Após um Outono frio e seco, que moderou o desenvolvimento vegetativo, as condições meteorológicas de Janeiro (precipitação constante e temperaturas amenas) aceleraram o crescimento e a produção de massa verde. Pontualmente, e devido a situações de encharcamento, já se registaram algumas dificuldades no acesso a pastagens. Superfície de cereais de Outono/Inverno próxima da campanha anterior As sementeiras dos cereais praganosos decorreram com normalidade, registando-se apenas dificuldades nas mais tardias, afectadas pela precipitação, que obrigará a prolongar a conclusão dos trabalhos de instalação destas culturas. Apesar disso, esperam-se áreas semeadas semelhantes às da campanha anterior no triticale, centeio e cevada e um aumento no trigo mole (+5%). O trigo duro deverá ser o único cereal a registar uma redução de área (-5%). Continente
Produtividade da aveia aumenta 35% na actual campanha Os níveis de humidade do solo no início da campanha permitiram às searas semeadas no início do Outono uma boa germinação e um desenvolvimento normal, ao contrário das realizadas a partir de Novembro, que registaram uma germinação irregular e um fraco desenvolvimento vegetativo. A persistência da precipitação em Janeiro e a consequente dificuldade de entrada das máquinas nos solos com pior drenagem, impossibilitando a realização de adubações de cobertura, já se faz notar nas searas aí instaladas, que apresentam sintomas de asfixia radicular e carência de azoto (pouco desenvolvimento e clorose). O facto da maioria das searas de aveia ter sido instalada no cedo (prática habitual), tornou-as mais resistentes às previsíveis situações de encharcamento que decorrerão da continuação do tempo chuvoso. Desta forma, espera-se um aumento de produtividade da ordem dos 35% face à campanha anterior. Continente
Produção de azeitona para azeite atinge máximos garantindo a auto-suficiência nacional do consumo Com a colheita praticamente concluída, confirmam-se as previsões de um aumento significativo (+50%) da produção de azeitona para azeite, face à campanha anterior. A floração foi abundante e decorreu sem problemas, tendo as oliveiras apresentado uma carga de frutos muito razoável. O impacto das precipitações em fases cruciais do desenvolvimento do ciclo cultural favoreceu o calibre da azeitona, com a maior parte da produção a chegar à fase da colheita em boas condições sanitárias. Continente
De referir que este resultado historicamente elevado (627 mil toneladas) resulta também da entrada em plena produção de áreas significativas de novos olivais intensivos. O crescimento do setor oleícola, em resultado do investimento privado e da opção estratégica de apoio e promoção da fileira, é uma evidência demonstrada pelo facto de a produção ter praticamente quadruplicado desde 2000, atingindo valores semelhantes aos da década de sessenta, que garantem a auto-suficiência nacional do consumo deste produto basilar da dieta mediterrânica.
O azeite produzido é de boa qualidade. No decorrer da colheita, e com a entrada nos lagares de frutos mais maduros, a funda (rendimento das azeitonas em azeite) aumentou para valores próximos dos da campanha anterior. Fonte: INE
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