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– 20-08-2013 |
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INE / Previs�es Agr�colas:
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O m�s de Julho caracterizou-se, em termos meteorol�gicos, por temperaturas muito elevadas, superiores aos valores normais para a �poca, em particular na primeira d�cada. Em 3 de Julho iniciou-se uma onda de calor, que se estendeu praticamente a todo o territ�rio do Continente, e que se prolongou até ao dia 13 na regi�o de Tr�s-os-Montes. Esta onda de calor foi, pela sua extensão espacial e temporal, a par com a de 2006, a mais significativa observada no m�s de Julho desde 1941. A precipita��o foi escassa e circunscrita a pequenas zonas muito localizadas.
Ao longo do m�s ocorreu uma diminui��o da percentagem de �gua no solo, em rela��o � capacidade de �gua utiliz�vel pelas plantas, verificando-se no final do m�s valores inferiores a 10% em grande parte do territ�rio.
Estas condi��es estivais permitiram a normal realiza��o dos trabalhos espec�ficos da �poca, dos quais se destacam a ceifa dos cereais, o enfardamento das palhas e dos fenos tardios e a colheita de alguma fruta e da batata plantada mais cedo.
As temperaturas elevadas favoreceram o desenvolvimento vegetativo das culturas instaladas, propiciando a recupera��o do atraso vegetativo que muitas apresentavam. Por outro lado, o excesso de calor obrigou ao incremento das regas nas culturas de regadio, totalmente garantidas pela disponibilidade de �gua.
As pastagens, os agostadouros dos cereais e algumas palhas ainda satisfazem as necessidades alimentares dos efectivos pecu�rios, sendo o contributo de forragens verdes, fenos, silagens e principalmente de ra��es industriais reduzido e praticamente circunscrito ao efectivo estabulado, gestante e em lacta��o.
Consolida��o da tend�ncia de aumento da área de milho de regadio
A área de milho de regadio dever� registar um aumento de 10% face a 2012, consolidando a tend�ncia de crescimento do sector, que nos �ltimos 3 anos se tem revelado progressivamente mais din�mico e competitivo. De facto, apesar do ambiente econ�mico desfavor�vel e da volatilidade de pre�os, que caracteriza o mercado mundial dos cereais, tem-se assistido a um aumento do investimento, nomeadamente com a instala��o de novas áreas de milho no per�metro de rega do Alqueva.
Na actual campanha, o encharcamento dos solos até meados de Abril atrasou as sementeiras de milho para gr�o e condicionou a germina��o e o desenvolvimento inicial da cultura. No entanto, o aumento das temperaturas registado no final de Junho promoveu o desenvolvimento das plantas, que se encontram, de um modo geral, na fase final da flora��o. A maior preocupa��o dos produtores �, agora, o decréscimo do pre�o registado nas últimas semanas.
Campanha de cereais de primavera decorre com normalidade
No milho de sequeiro, embora as elevadas temperaturas tenham causado situa��es de stress h�drico e provocado o bloqueio do crescimento e o amarelecimento das folhas, prev�-se um aumento de 5% do rendimento unit�rio, face a 2012.
O frio registado no in�cio do ciclo do arroz atrasou consideravelmente o crescimento das plantas e promoveu o desenvolvimento de infestantes, contribuindo para um elevado grau de infesta��o das searas. De referir ainda que no Mondego a cultura Também tem sido condicionada pela elevada frequ�ncia de manh�s nubladas observadas no �ltimo m�s, que tem prejudicado o enchimento do gr�o (fase fenol�gica em que a cultura necessita de temperaturas altas e de um levado n�mero de horas de Sol). Desta forma, prev�-se uma produtividade a rondar os 5 700 kg/ha, o que reflecte um decréscimo de 5% face � campanha passada.
Produtividade da batata de regadio diminui 5%
O desenvolvimento da batata de regadio decorreu com normalidade, apresentando a cultura, de um modo geral, um bom aspecto vegetativo. No entanto, a colheita j� efectuada em algumas regi�es, nomeadamente na Pen�nsula de Set�bal, revelou que as plantas, embora com bom aspecto vegetativo, apresentavam menos tub�rculos que o normal, consequ�ncia do tempo irregular que se fez sentir ao longo do ciclo produtivo (chuva intensa e frio seguidos de calor); consequentemente prev�-se um decréscimo de produtividade de 5% face a 2012.
Perspectiva-se mais uma boa campanha no tomate para a ind�stria
A plantação do tomate para a ind�stria foi inicialmente condicionada pelo excesso de humidade do solo que se verificou até meados de Abril. Posteriormente a cultura recuperou e desenvolveu-se regularmente, sem grandes problemas fitossanit�rios. Desta forma perspectiva-se uma campanha com bons rendimentos unit�rios (+7% que a média do �ltimo quinqu�nio), embora 5% abaixo do ano anterior, em virtude de as plantas, sobretudo as plantadas mais cedo, apresentarem menos frutos do que o esperado.
Para o girassol prev�-se uma produtividade de 560 kg/ha, muito pr�xima da média dos �ltimos 5 anos.
Aumentos de produtividade nas pom�ideas (pôra e ma��) e decréscimos nas pom�ideas (p�ssego e am�ndoa)
Nos pomares de pereiras o vingamento foi bom mas a multiplica��o celular foi irregular, pelo que as �rvores apresentam muitos frutos de calibre heterog�neo. Desta forma, a produtividade da pôra dever�, ap�s a m� campanha de 2012, registar um aumento na ordem dos 85%.
Nas macieiras o desenvolvimento vegetativo foi normal, apresentando os frutos calibres regulares. Espera-se assim um aumento de produtividade de 15%, face � campanha anterior (prejudicada pela situa��o de seca extrema registada nas principais regi�es produtoras).
A colheita do p�ssego, este ano iniciada mais tarde do que o habitual por atraso da matura��o das variedades precoces, ainda se encontra a decorrer. Devido �s condi��es climatéricas desfavor�veis registadas na fase de flora��o e vingamento dos frutos, designadamente frio e chuva, a produtividade dos pomares de pessegueiros foi muito afectada, perspectivando-se uma das piores campanhas dos �ltimos anos.
Também para a am�ndoa as condi��es climatéricas registadas durante a flora��o e vingamento dos frutos foram muito desfavor�veis, prevendo-se uma significativa redu��o da produtividade (-35%).
Vinhas apresentam bom desenvolvimento vegetativo
As vinhas encontram-se no estado fenol�gico do pintor, apresentando um bom aspecto vegetativo e maior uniformidade que no ano anterior. As condi��es climatéricas t�m sido favor�veis ao desenvolvimento da cultura, com a flora��o e o vingamento a decorrerem sem incidentes, não havendo registos de problemas sanit�rios dignos de destaque. A produtividade da uva para vinho dever� registar aumentos de 10% face a 2012, enquanto que para a uva de mesa mant�m-se as previs�es de um aumento de 5%, apresentando as videiras cachos bem formados.
Campanha de cereais de Outono/Inverno saldou-se por um aumento global da produ��o
A colheita dos cereais praganosos de Outono/Inverno encontra-se praticamente conclu�da, saldando-se por um aumento global da produ��o, face � campanha anterior (muito condicionada pela seca extrema). Para o trigo mole, apesar do decréscimo de área ter rondado os 10%, prev�-se um aumento da produ��o de 50% devido ao natural aumento da produtividade, ap�s � m� campanha de 2011/2012. Em contrapartida, a produ��o de trigo duro dever� registar um decréscimo de 20%, em virtude do acentuado decréscimo da área semeada (-65%). Os aumentos de produ��o do triticale (+90%) e da cevada (+40%) resultam exclusivamente de acr�scimos de produtividade, enquanto a produ��o de centeio dever� registar um aumento de produ��o de 35%, reflexo dos aumentos de área e de produtividade.
De salientar que a actual campanha ficou aqu�m da produ��o média dos �ltimos cinco anos, tendo muitas searas sido fenadas e/ou pastoreadas devido �s baixas produtividades e fraca qualidade do gr�o.
Condi��es climatéricas prejudicaram a produ��o de batata de sequeiro
As plantações de batata de sequeiro atrasaram-se, tendo o excesso de humidade criado condi��es para o apodrecimento da batata-semente e para o surgimento de ataques de m�ldio e altern�ria, apresentando-se os batatais irregulares, pontuados de manchas mortas. As temperaturas não foram favor�veis ao desenvolvimento de um grande n�mero de tub�rculos, com repercuss�es nas produtividades alcan�adas, que foram das mais baixas das últimas d�cadas. A produ��o de batata de sequeiro dever�, assim, ser ainda inferior � alcan�ada na campanha anterior (-5%), situando-se 38% abaixo da média do �ltimo quinqu�nio.
Fonte: INE
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