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Investigadores desenvolvem sensores de solo para ajudar a restringir uso de fertilizantes

Um sensor low-cost com recurso a inteligência artificial para o solo foi desenvolvido pelos bioengenheiros do Imperial College London, no Reino Unido. O objetivo passa por ajudar os agricultores a utilizar fertilizante de forma mais eficaz e reduzir o dano ambiental, informa a universidade, em comunicado. Nesse sentido, a tecnologia, descrita num artigo para a Nature Food, vai recomendar qual a melhor altura e quanta quantidade é necessária de fertilizante para as colheitas.

O sensor, denominado chemically functionalised paper-based electrical gas sensor (chemPEGS), mede os níveis de amónio no solo, através de machine learning que combina dados meteorológicos, tempo desde a fertilização, pH e medições de condutividade do solo. A previsão da quantidade total de azoto e nitrogénio no solo é vista até 12 dias no futuro, tendo por base a IA e o nível de amónio.

“A produtividade e os rendimentos resultantes estão em queda ano após ano, e os produtores não têm atualmente as ferramentas necessárias para combater isto. A nossa tecnologia poderá ajudar a resolver este problema, capacitando os produtores a saberem quanto amoníaco e nitrato estão atualmente no solo, e a prever quanto haverá no futuro com base nas condições meteorológicas. Isto poderia deixá-los afinar a fertilização às necessidades específicas do solo e das culturas”, considerou o investigador principal, Max Grell.

Os investigadores esperam que a chemPEGS e a tecnologia de IA associada, que estão atualmente em fase de protótipo, estejam disponíveis para comercialização dentro de três a cinco anos, após mais testes e a normalização do fabrico.

O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.


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