O projeto Arolla chegou com a ousadia de querer tornar o mundo em que vivemos um lugar melhor, com casas e edifícios realmente sustentáveis, únicos e amigos do ambiente, tudo a partir da madeira, um material natural. Esta audácia foi reconhecida com a Menção Honrosa recebida no Prémio Nacional de Sustentabilidade 2022 do Grupo Cofina, na categoria “Descarbonização”.
Num mundo em que 36% das emissões de CO2 são provenientes da construção civil e onde, em Portugal e até ao momento, não existem alternativas válidas, Gerd Jakob, empreendedor alemão residente em Portugal, acompanhado dos seus parceiros, pretende criar casas e edifícios ecológicos e sustentáveis. Atendendo à experiência de todos, focada em redesenhar modelos de negócios tradicionais, em negócios ecológica e socialmente sustentáveis, procuraram soluções em Portugal para concretizar as suas ideias.
A construção sustentável era, e é, um mercado muito pouco explorado. Além disso, não existe muito know-how em sistemas construtivos sustentáveis e, claro, há também a questão da escassez de matéria-prima apta para uma construção sustentável – a madeira, que se quer de origem certificada, com maturidade e níveis de humidade adequados.
Sem florestas, não há madeira. E sem madeira, não há Arolla. Razão pela qual a proteção, preservação e gestão sustentável do capital natural das florestas portuguesas é tão importante — fundamental, aliás — para a Arolla.
Gestão florestal hoje, para o amanhã
Como explica o diretor-geral, Gerd Jakob, a Arolla está a formar uma subsidiária denominada Arolla Espaços Naturais (ANS) que tem como propósito a gestão eficiente de uma área florestal que crescerá a cada ano, pelo menos em volume de madeira a equivalente ao necessário para a produção da Arolla.
O objetivo é atingir uma produção de 100.000 metros cúbicos por ano até 2028, o que significa que a ANS irá gerir mais de 10 milhões de árvores, com a inerente criação de postos de trabalho permanentes associados às florestas e às serrações.
Assim sendo, a marca visa não só assegurar a disponibilidade a longo prazo de matérias-primas para o seu sistema de construção em madeira CLT, mas também que o fornecimento destas matérias-primas seja totalmente sustentável e certificado.
O intuito primordial é a reestruturação da floresta, afastando-a de uma monocultura altamente vulnerável e redirecionando-a para florestas mistas resilientes e menos suscetíveis a incêndios, pragas e tempestades. Com o stress crescente provocado pelas alterações climáticas e pelos incêndios […]