[Fonte: AJAP] Para AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, esta greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias, que hoje começa, por tempo indeterminado, ameaçando o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias. Afetando uma grande parte do país (muitos portugueses não estão de férias), e muitas pequenas e médias empresas em vários setores, com especial destaque para as do setor agrícola e pecuário que inclusive poderão falir.
Várias colheitas e distribuição de frutas e hortícolas podem estar em elevado risco, vindimas caso o período de greve se estenda, transportes de rações e outros alimentos animais, o sector do leite quer na recolha aos agricultores quer na distribuição aos consumidores, bem como para os setores das aves e suínos estão em grande risco.
Quem são os responsáveis?
Com toda a certeza os agricultores não, e reparem a evolução que este setor tem tido no país cada vez com a balança comercial mais equilibrada, atendendo ao que exportamos e importamos.
As colheitas não podem ser postas em causa. É urgente a existência de combustível para que os agricultores possam operar as suas máquinas (tratores e alfaias agrícolas), para fazerem as suas colheitas e escoarem os seus produtos.
Apelamos assim ao Governo, para que dê prioridade a este setor no número de postos e na devida repartição em todas as regiões do país (incluindo zonas rurais) em relação ao gasóleo colorido e ao normal, pois podem efetivamente estar em causa milhares de explorações e milhares de postos de trabalho. A bem da nação, da economia do país, o abastecimento da população não pode estar em causa, devido a causas que podendo ser justas e democráticas, não devem bloquear um país prestes a ir a votos.