O novo espaço do Laboratório Colaborativo InnovPlantProtect (InPP) de Elvas (Portalegre) vai ser inaugurado na quinta-feira, após um investimento 2,8 milhões de euros, disse à agência Lusa fonte daquela entidade.
De acordo com o diretor do InPP, Pedro Fevereiro, o novo espaço já era para estar inaugurado há mais tempo, mas a pandemia de covid-19 “foi determinante na derrapagem de tempo” para a conclusão do projeto.
O InPP é uma associação privada sem fins lucrativos, criada em janeiro de 2019, que reúne 40 trabalhadores, sendo 17 investigadores doutorados, 16 mestres, seis licenciados e uma pessoa com o ensino secundário, que têm como missão desenvolver novas tecnologias para a proteção das culturas.
O InPP, que tem funcionado provisoriamente no primeiro andar do INIAV de Elvas [antiga Estação de Melhoramento de Plantas], foi constituída por iniciativa da Universidade Nova de Lisboa, contando com 12 fundadores, entre os quais a Universidade de Évora, Câmara de Elvas, Syngenta Crop Protection e Bayer CropScience Portugal.
O novo espaço do InPP vai surgir num piso térreo do edifício principal do INIAV de Elvas, estando a inauguração agendada para quinta-feira, pelas 15:00.
“O piso térreo foi restruturado para albergar laboratórios, infraestruturas digitais modernas para se desenvolverem os objetivos do laboratório colaborativo”, disse.
O diretor do InPP, que recordou ainda que a atividade do laboratório teve início em janeiro de 2020, indicou que a missão deste projeto passa por produzir produtos baseados em biologia molecular e celular, bem como serviços baseados em tecnologias digitais.
Os profissionais do InPP estão a desenvolver, atualmente, uma vacina biológica para combater a Xylella fastidiosa, bactéria que “ataca” as plantas, como a oliveira, matando-as aos poucos.
Pedro Fevereiro explicou ainda que recentemente colocaram uma patente provisória para combater uma outra bactéria que é responsável pelo fogo bacteriano, uma doença que ataca as pereiras e macieiras.
Os profissionais do InPP estão também a “trabalhar” numa solução para uma doença que ataca os cereais, conhecida como “ferrugem amarela”.
Segundo Pedro Fevereiro, o InPP também está ativo na área digital, nomeadamente com iniciativas no âmbito da Xylella fastidiosa ou da monitorização da “morte súbita” dos sobreiros, além de prestar vários tipos de serviços a produtores e empresas.