Terminou este fim-de-semana na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) o 42º Curso de Atualização de Professores em Geociências (CAP), que decorreu deste o dia 6 de outubro, subordinado ao tema “Trás-os-montes: Um Expoente de Geodiversidade”.
A sessão inaugural foi dedicada ao Dia Internacional da Geodiversidade, comemorado mundialmente, pela primeira vez, no dia 6 de outubro. Na ocasião, o Prof. José Brilha, da Universidade do Minho, que liderou a criação deste dia junto da UNESCO, mostrou como envolver as escolas e alertar a sociedade através desta efeméride.
As atividades prosseguiram no dia 6 de manhã com quatro palestras a cargo de docentes do Departamento de Geologia da UTAD: “Utilização de rochas: passado e presente” por Luís Sousa; “Os Recursos Hidrominerais de Trás-os-Montes e Alto Douro: origem, tipologias, aproveitamentos reais e potenciais como fatores de desenvolvimento económico regional” por Alcino Oliveira; “Incêndios Florestais e Recursos Hídricos: Perspetivas e desafios para o século XXI” por Rosário Costa; e “Patrimónios Mundiais da UNESCO: laboratórios educativos de excelência” por Artur Sá.
De tarde seguiram-se diversos workshops sobre temas tão variados quanto a própria geodiversidade: Experimentação laboratorial em modelos hidrogeológicos; Elaboração de lâminas delgadas de rochas; Estudo de argilas; Observação de lâminas delgadas rochas ao microscópio petrográfico; O Termalismo na Saúde e Bem-Estar: Visita virtual a um balneário termal; e Detetive das Rochas, Técnicas de caracterização de pedras utilizadas no património edificado.
Houve também saídas de campo, realizadas no sábado e no domingo, que levaram os formandos a conhecer alguns dos principais pontos de interesse geológico em Trás-os-Montes Uma delas, no sábado, com o tema “Geomorfologia, recursos minerais, hidrominerais e geotérmicos e pedreiras das Pedras Salgadas”, cumpriu o itinerário: Vila Real – Três Minas – Pedras Salgadas – Chaves e teve a coordenação de Alcino Oliveira, Luís Sousa e Rosário Costa. A outra, no domingo, com o tema “Vila Real – Bragança: Do autóctone ao Alóctone Superior” e o itinerário: Vila Real-Palheiros-S. Bartolomeu (Bragança)-Tojal dos Pereiros- Donai- Soeira, teve a coordenação de Elisa Gomes, Carlos Meireles (LNEG) e Rui Teixeira.
De referir que esta foi a terceira vez que o Departamento de Geologia da UTAD teve a seu cargo a organização deste Curso em parceria com a APG.
O artigo foi publicado originalmente em UTAD.