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Laranja do Algarve já está em todas as lojas Lidl na Alemanha e é produto “estrela”

Lidl Portugal aumentou “mais 30%” a exportação de frutas e legumes em março e abril. Os produtos cítricos do Algarve”, ou seja, laranjas e limões, destacam-se internacionalmente

O Lidl Portugal aumentou “em março e abril”, período em que o país esteve em estado de emergência, “mais 30% a exportação de fruta e legumes” em termos homólogos, disse hoje o administrador de compras da retalhista.

“Em frutas e legumes conseguimos consecutivamente superar bastante as nossas expectativas e encerrámos o ano com 33% de aumento nas exportações”, acrescentou Bruno Pereira.

Dentro da categoria frutas e legumes, o administrador destacou o facto de o Lild ter começado a exportação “de uma forma forte e muito consolidada de produtos cítricos do Algarve”, ou seja, laranjas e limões.

“O produto estrela é a laranja do Algarve, neste momento” temos este produto à venda “em todas as nossas lojas na Alemanha, que é o principal mercado para o grupo Lidl, e também começámos a exportação de limões” da mesma região, acrescentou.

“Já exportámos 21 camiões de citrinos do Algarve”, apontou Bruno Pereira, o equivalente a 396 toneladas.

Num encontro com jornalistas à distância, Bruno Pereira adiantou que as exportações de produtos nacionais pelo Lidl Portugal subiram 1% no ano fiscal terminado em fevereiro, em termos homólogos, para 150 milhões de euros, valor que poderia ter sido superior se não fosse a queda “acentuada” do preço do azeite.

“Não nos podemos abstrair das circunstâncias atuais desta pandemia” de covid-19, afirmou o gestor, para sublinhar que “nos últimos dois meses” a retalhista de origem alemã tem “reforçado ainda mais” o seu apoio à produção nacional e exportação.

No ano fiscal de março de 2019 a fevereiro de 2020, “foram exportados cerca de 150 milhões de euros de produtos nacionais para um total de 27 países”, afirmou Bruno Pereira, num encontro com jornalistas por via eletrónica.

Em outubro passado, o Lidl tinha avançado que as exportações tinham atingido 148,5 milhões de euros no exercício de 2018.

O valor das exportações de produtos nacionais – uma subida de apenas 1%, ou de cerca de dois milhões de euros, no ano fiscal 2019/2020 – foi impactada pela descida “muito acentuada” do preço do azeite.

“Existiu uma descida muito significativa do preço do azeito no último ano, o que faz com que o valor do aumento seja de dois milhões de euros”, explicou o administrador.

Se não tivesse acontecido esta descida do preço, “teríamos um crescimento de dois dígitos no valor das exportações”, acrescentou.

Outro dos destaques feitos pelo gestor foi o bacalhau: “Aumentámos para cerca de 20%” a sua exportação face ao exercício fiscal de 2018 e “já representa 140 toneladas”.

O mercado da ‘saudade’ – Luxemburgo, Suíça e França – é o principal destino da exportação de bacalhau, sendo que a Holanda é um novo destino.

Bruno Pereira sublinha que o bacalhau exportado pelo Lidl “é de origem sustentável”.

No ano fiscal de 2019/2020 foram exportadas 20 mil toneladas de frutas e legumes para o mercado europeu, sendo que as vendas de pera rocha totalizaram quase 12 mil toneladas (11,9 toneladas), a couve coração 3,4 mil toneladas e os frutos vermelhos 2,3 mil toneladas.

Foram ainda exportados 26 milhões de pães para Espanha e Luxemburgo e oito milhões de artigos de pastelaria para os mesmos mercados.

Nos vinhos, foram exportadas três milhões de garrafas para 15 países, entre os quais Inglaterra, Polónia, Alemanha, Suíça, Bélgica, Dinamarca e Irlanda.

A título de curiosidade, foram exportadas cerca de um milhão de garrafas de piripíri nacional para 20 países europeus.

Entretanto, em termos de apoio à produção nacional, o Lidl vai ter à venda nas suas lojas “dentro de três semanas” queijos nacionais.

Neste momento, a retalhista está a mandar amostras para os colegas, nomeadamente da Europa Central, para ajudar os produtores na exportação deste produto.

Relativamente aos Estados Unidos, o Lidl Portugal neste momento não está a exportar para aquele mercado.

“Houve alguns produtos que foram exportados pontualmente, mas realmente não houve muita aceitação, estamos a tentar explorar novas oportunidades no futuro”, disse o administrador.

O artigo foi publicado originalmente em Postal do Algarve.


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