É em Montreal que decorre a conferência da ONU dedicada à biodiversidade. Proteger 30% das áreas em terra e no mar e restaurar 20% dos habitats são principais objetivos a visar no acordo da COP 15.
Depois de duas semanas intensivas de discussão sobre a crise climática, em novembro, os líderes mundiais reúnem-se em Montreal para negociar um novo acordo ecológico ambicioso que visa proteger a biodiversidade dos impactos das alterações climáticas.
A 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para a Diversidade Biológica (COP 15) arranca esta terça-feira e, para o secretário-geral, não existem margens para dúvidas: “Esta conferência é nossa oportunidade de parar esta orgia de destruição. A Humanidade tornou-se numa arma de destruição em massa”, considerou António Guterres, esta manhã, na cerimónia de abertura.
Segundo um relatório elaborado pela ONU, mais de um milhão de espécies estão em risco de extinção. Os insetos são o grupo mais afetado, estando a desaparecer a um ritmo nunca visto em 10 milhões de anos, indica a organização. À medida que a atividade humana se desenvolve e evolui, a população global de insetos encolhe até 2% ao ano — seja devido à desflorestação, uso de pesticidas ou poluição. Hoje, indica a ONU, cerca de 40% da superfície terrestre está num estado de degradação agravado.
“Não podemos subestimar a importância da COP 15. O planeta está em crise“, alerta a associação ambientalista Zero, numa nota divulgada. “A menos que tomemos medidas efetivas para lidar com as causas subjacentes da perda de biodiversidade, espera-se que o declínio continue a acelerar, impactando a nossa qualidade de vida, bem-estar e o futuro de toda a vida na Terra”.
Assim, durante as próximas duas semanas, as delegações internacionais de […]