Campos agrícolas minados, restos de mísseis no meio do milho e do trigo, trabalhadores a cultivar no intervalo dos alarmes aéreos. É a guerra vista a partir do sector agro-industrial ucraniano onde pontifica a Astarta. A empresa com sede em Kiev, uma das maiores desta área, viu tanques russos a entrar nalgumas propriedades, mas não regista grandes danos humanos ou materiais. A maior preocupação reside no fecho dos portos que obriga a uma forte pressão no armazenamento de cereais e outros produtos agrícolas nos silos da Ucrânia.
E a força de trabalho humana? Os vossos trabalhadores saíram dos campos ou do país? Ajudou as pessoas da sua empresa a sair?
No primeiro dia da guerra em grande escala, 24 de fevereiro, às 12h00, fizemos uma reunião online com todos os nossos diretores de empresas regionais e administradores de topo. São cerca de 50 pessoas. Todos nós decidimos ficar na Ucrânia e continuar a trabalhar.
Estávamos confiantes que iríamos vencer, que os russos não iriam tomar as nossas terras. E era importante darmos continuidade às nossas operações, especialmente porque a empresa tem […]