planta na mão

Lipor cria novos produtos agrícolas a partir de resíduos orgânicos

Cerca de 60 mil toneladas de resíduos orgânicos tratados pela Lipor dão origem a 13 mil toneladas de composto orgânico Nutrimais, com quatro novos produtos, três novos substratos e um vermicomposto a serem lançados.

À agência Lusa, Filipa Teixeira, técnica comercial da Lipor, adiantou que a fábrica de valorização da empresa intermunicipal trabalha desde 2005 na sua capacidade máxima, que transforma cerca de 60 mil toneladas de lixo orgânico em 13 mil toneladas de composto agrícola.

“Neste momento, o [corretivo agrícola] Nutrimais que é colocado no mercado não chega para as necessidades, é um produto completamente escoado na nossa unidade”, adiantou.

A empresa fornece entre “70 a 80 casas agrícolas pelo país, e inclusivamente na Madeira e nos Açores”, que depois fazem a colocação dos produtos nos agricultores.

Segundo a responsável, “a reciclagem dos resíduos orgânicos é uma tendência, até porque vai ser uma imposição legal”, e a Lipor já está “a preparar uma ou outra unidade nesse sentido”.

“A nossa central de valorização orgânica não tem capacidade para o tratamento de todos os resíduos orgânicos. A tendência é aumentar, daí a necessidade da criação de novas soluções”, acrescentou.

De acordo com as necessidades dos clientes, a empresa intermunicipal de gestão de resíduos do Grande Porto vai lançar substratos “produzidos utilizando matérias-primas de qualidade e sustentáveis”.

A partir do Corretivo Agrícola Orgânico 100% natural, que “garante às plantas uma libertação nutricional lenta, contribuindo para o desenvolvimento saudável durante o seu ciclo de vida” e “previne o desenvolvimento de pragas e doenças indesejadas nas plantas”, nascem agora três novos produtos, explica a empresa.

Serão lançados os substratos Nutrimais universal, para todo o tipo de plantas, para hortícolas e para aromáticas, que utilizam “composto e fibras naturais”.

A última novidade é o vermicomposto, “um produto natural obtido através da degradação de matéria orgânica (estrumes e desperdícios da indústria alimentar) por minhocas”.

O resultado deste composto é um “corretivo orgânico muito rico em ácidos húmicos essenciais ao bom crescimento das plantas”.

A diferença, esclareceu Filipa Teixeira, é que “o composto orgânico serve para melhorar as características dos solos, e os substratos são, no fundo, um solo preparado de acordo com as diferentes tipologias”.

A Lipor é responsável pela gestão de resíduos de oito municípios do Grande Porto: Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde.