Lisboa: cenário global instável leva jovens imigrantes a recorrerem às startups

A aposta no talento jovem e imigrante é a estratégia central da incubadora “Sheree – The Startup Place”, em Lisboa, para “impulsionar o mercado de trabalho em Portugal, especialmente num cenário de instabilidade económica”.

Segundo apurámos, esta organização apoia novos negócios e vê no empreendedorismo a “oportunidade para inserir jovens no mercado, oferecendo-lhes as condições necessárias para criarem as suas próprias empresas”.

“capacitação de jovens portugueses e estrangeiros residentes no país”

Fundada há seis anos, a Sheree atua como referência no apoio a startups no país europeu. Localizada no Centro de Escritórios das Laranjeiras, em Lisboa, a incubadora oferece espaço físico e um ambiente desenhado para “promover o networking e a troca de conhecimentos entre empreendedores, mentores e investidores”.

De acordo com Higor Ferro Esteves, fundador da Sheree, o foco do trabalho é a “capacitação de jovens portugueses e estrangeiros residentes no país, ajudando-os a criarem os seus próprios negócios”.

“O que pretendemos é promover e dar condições para que os cidadãos portugueses e estrangeiros possam contribuir ativamente para o desenvolvimento da economia local através do apoio ao empreendedorismo sustentável e escalonável”, afirmou Higor Ferro Esteves.

A incubadora mantém parcerias com fundos de investimento, como a OW Ventures e o Terralis Fund, e oferece suporte para linhas de financiamento público. O programa de incubação é dividido em três fases: Prova de Conceito (2 meses), Desenvolvimento do Plano de Negócios e Constituição da Empresa (3 meses) e Implementação do Plano de Negócio (7 meses). A organização também promove eventos como o Sheree Talks e o Sheree Bootcamp, espaços de debate e partilha de conhecimento com profissionais experientes.

Higor Ferro Esteves acredita que Portugal é um polo promissor para startups, porém, admite que o país ainda enfrenta desafios no apoio contínuo aos empreendedores.

“O maior desafio está em apoiar o empreendedor não só através das trocas de conhecimentos e das ferramentas técnicas, mas também na sua motivação para ultrapassar cada fase do desenvolvimento do seu projeto”, destacou este responsável, que acredita que o atual cenário global “incentiva a procura por novos mercados e novas oportunidades, além do aperfeiçoamento profissional e investimentos na área de startups e a aposta no empreendedorismo”.

“Com esse modelo, a Sheree aposta no empreendedorismo como ferramenta de inclusão económica e social para jovens imigrantes, fortalecendo o ecossistema de startups em Portugal”, finalizou Higor Ferro Esteves.

O artigo foi publicado originalmente em Gazeta Rural.


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