As zonas rurais são heterogéneas e as suas características fortemente influenciadas pela sua localização. Em muitas regiões, em particular no sul da Europa, as alterações climáticas vão provocar um aumento progressivo da escassez de água, um agravamento das inundações e um aumento da intensidade e da frequência dos incêndios florestais.
Fisicamente isoladas, com uma atividade económica pouco diversificada e uma baixa densidade populacional, baixos rendimentos e o envelhecimento da população aumentam a vulnerabilidade das comunidades rurais.
No entanto, o desenvolvimento e a prosperidade da maior parte das zonas rurais estão intimamente ligados à atividade agrícola e até ao turismo, desde que disponham de infraestruturas digitais e tecnológicas que sejam atrativas e possam proporcionar uma fonte de rendimento, quer através uma utilização eficiente e precisa dos recursos na agricultura, quer atraindo iniciativas associadas ao turismo de natureza.
Vem isto a propósito do quadro legislativo europeu do Regulamento Digitalização Rural. Apesar de 45% da população europeia residir em zonas rurais, e estas representarem 80% do território dos 27 Estados-membros, a digitalização nas zonas rurais enfrenta riscos acrescidos que, se não forem acautelados, vão por em causa a pretensão digital da Europa.
O Regulamento Digitalização Rural surge para enfrentar estes riscos, garantir uma cobertura de rede de banda larga equitativa em todas as regiões da Europa ou será exponencial o aumento do fosso entre as várias regiões europeias.
São estes temas que balizam esta conferência eminentemente política e para a qual estão convidados os eurodeputados Isabel Carvalhais (PS) e Álvaro Amaro (PSD), responsáveis nas suas comissões parlamentares pela visão de longo termo das zonas rurais, os membros nacionais presentes no Comité Económico e Social Europeu (CESE) e os representantes das empresas de telecomunicações.
Na sessão de encerramento é esperada secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira.
