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Madeira: porquê queimar quando a podemos valorizar? – João Gonçalves

A nossa floresta há muito que não produz a matéria-prima suficiente para as necessidades das empresas instaladas. No nosso país, o défice estrutural de madeira de pinho, isto é, o dependente da quantidade disponível para corte na floresta, representou 57% do consumo industrial anual em 2021.

Provavelmente já sabe que o dinheiro dos seus impostos é usado para financiar a produção de energia a partir de fontes renováveis. O que talvez não saiba é que, graças à sua “ajuda”, todos os dias é queimada madeira que poderia ser usada em produtos de alto valor acrescentado com aplicação, por exemplo, em mobiliário ou embalagens de papel. Isto acontece no nosso país e, em vários países europeus, por influência de políticas da União Europeia (UE).

Desde 2009, a Diretiva das Energias Renováveis (REDII) tem incentivado a queima de madeira para energia a fim de atingir os objetivos da UE em matéria de energias renováveis.

Mas renovável não é sinónimo de sustentável e a produção de energia a partir de biomassa é um exemplo disso, como já vou demonstrar. Primeiro, há uma clarificação importante a fazer: existe uma perceção generalizada de que a produção de energia a partir de biomassa florestal utiliza apenas “resíduos” resultantes de “limpezas” e até há quem alegue e acredite que são usados “matos”. A realidade é muito distinta desta narrativa: um quarto da madeira de pinheiro-bravo consumida em Portugal em 2021 foi para queima. E […]

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