Alterações climáticas têm tornado os incêndios mais frequentes e devastadores na Grécia. As autoridades preparam-se para o verão com mais recursos humanos e meios aéreos, nomeadamente drones com câmaras térmicas para detetar incêndios precocemente.
Loading…
Bombeiros, equipas de resgate e o exército participaram na semana passada num exercício de combate a incêndios em larga escala para enfrentar fogos florestais. Um dos simulacros ocorreu nas proximidades de um acampamento de verão – um cenário familiar na Grécia, onde as alterações climáticas têm tornado os incêndios mais frequentes e devastadores.
Com a Grécia a dar início à época de incêndios, um dos exercício aconteceu perto da cidade costeira de Lavrio, a cerca de 70 quilómetros a Sul da capital, e outros ocorreram simultaneamente noutros lugares, em várias zonas do país.
Camiões de bombeiros acorreram ao local e aeronaves lançaram água sobre chamas simuladas. As autoridades descreveram as condições meteorológicas do exercício como “realistas”: calor intenso e vento forte após semanas de seca.
Nos últimos anos, os fogos florestais têm chegado perto da capital durante o verão, com Atenas a ficar coberta por um manto de fumo e as autoridades a retiraram milhares de pessoas de zonas em risco.
A Grécia, cujo clima mediterrânico a torna mais vulnerável às alterações climáticas, registou no ano passado o verão mais quente de sempre, bem como períodos prolongados de seca que provocaram escassez de água e danos nas colheitas. Prevê-se que este mês de junho seja mais quente do que o habitual em toda a Europa do Sul.
O Governo de Atenas planeia destacar este ano um número recorde de bombeiros – cerca de 18.000, comparado com 15.500 em 2022 – e investirá cerca de 2 mil milhões de euros em novas aeronaves. Também irá utilizar quase o dobro dos drones com câmaras térmicas para detetar incêndios precocemente.
Segundo o corpo de bombeiros, registaram-se 9.777 incêndios florestais em toda a Grécia no ano passado, um aumento em relação aos 8.257 registados em 2023.