Na campanha de 2022 do Hemisfério Sul, a previsão preliminar da Organização Mundial dos Citrinos (WCO) aponta para uma produção total de 24.832.270 toneladas de citrinos, o que representa um aumento de 4,85% em volume face à colheita de 2021. Em comparação com o ano passado, a WCO indica uma subida na produção de laranja (de 5,01%, para atingir um total de 16,5 milhões de toneladas) e de limão/lima (8,28%, para 4,7 milhões de toneladas), mas uma descida muito ligeira na mandarina/clementina (-0,11%, para 3,0 milhões de toneladas) e na toranja (-0,58%, para 436.386 toneladas).
Segundo as previsões – que reúnem dados fornecidos pelas entidades sectoriais da África do Sul, da Argentina, da Austrália, da Bolívia, do Brasil, do Chile, do Peru e do Uruguai e que foram apresentadas a 1 de Junho, durante a segunda Reunião Anual Geral da WCO, entidade criada em 2020 –, é esperado um incremento de 4,91% nas exportações de citrinos do Hemisfério Sul, para 4.140.547 toneladas. O acréscimo nas exportações deve ocorrer na mandarina/clementina (2,08%), na laranja (6,43%) e no limão/lima (6.96%), mas estima-se uma redução na toranja (-1,23%).
A nível do processamento, prevê-se também um aumento relativamente ao ano anterior, de 8,32%, perfazendo um total de 13,2 milhões de toneladas de citrinos destinados ao mercado de sumos. Pode consultar aqui o conjunto das previsões da WCO para a campanha de citrinos de 2022 no Hemisfério Sul.
Philippe Binard, secretário geral da WCO, refere que a disponibilidade de um grande volume de citrinos «é uma boa notícia, porque permitirá satisfazer o aumento da procura» verificado na sequência da pandemia de covid-19. Eric Imbert, do Secretariado Técnico da WCO, salienta que «as exportações de citrinos do Hemisfério Sul continuam a crescer, em particular de limão/lima e de mandarina/clementina», e que «o Hemisfério Sul representa actualmente 27% do mercado global de citrinos».
No âmbito desta segunda Reunião Anual Geral da WCO, África do Sul – representada pela Citrus Grower’s Association – e Espanha – representada pela Ailimpo – foram reeleitas para um segundo mandato de dois anos de co-presidência. O evento também permitiu que fossem acolhidos novos membros na entidade, que totaliza actualmente 34 associações e empresas.
Artigo publicado originalmente Revista Frutas, Legumes e Flores.