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Mais de 50 países africanos debatem soluções para alimentar milhões de pessoas com fome

Representantes de mais de 50 países africanos vão definir as prioridades na transformação dos sistemas agroalimentares em África entre hoje e quinta-feira em Malabo, quando 250 milhões de pessoas no continente não têm diariamente comida suficiente.

Os problemas colocados pela covid-19 e as alterações climáticas estarão no centro das atenções dos participantes na 32ª Conferência Regional para África da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que é o órgão máximo de governação da agência da ONU em África.

O fórum na capital da Guiné Equatorial acontece quando “250 milhões de pessoas em África não têm comida suficiente para comer todos os dias, perto de mil milhões de pessoas no continente não têm dinheiro para comprar alimentos nutritivos, e quando os países continuam a lutar com os impactos económicos da pandemia de covid-19”, sublinha a FAO.

Ministros da Agricultura, funcionários governamentais de toda a África, grupos da sociedade civil, representantes do setor privado, parceiros para o desenvolvimento e países membros observadores irão durante quatro dias procurar soluções para enfrentar a insegurança alimentar, alterações climáticas e outros desafios no continente.

O evento tem prevista a realização de várias mesas redondas, onde serão debatidas questões como as prioridades políticas para a recuperação pós-pandemia e os impactos da covid-19 nos sistemas agroalimentares africanos; investimento na recuperação de ecossistemas; promoção do investimento e comércio; ou estratégias de colocação das mulheres, jovens e população pobre na linha da frente de sistemas agroalimentares mais inclusivos.


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