A Presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) da Região do Algarve felicita a cientista e investigadora Sara Carvalhal, esta semana distinguida com o Prémio Mulheres na Ciência 2021.
Investigadora no Algarve Biomedical Center (ABC) – Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve, consórcio formado pela Universidade do Algarve (UALG) e Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), Sara Carvalhal tem 34 anos, é bioquímica e especialista em doenças raras e acaba de formar oficialmente o seu grupo de investigação, depois de um pós-doc pelo Instituto Gulbenkian de Ciência em Portugal.
No seu percurso académico, passou pela Escócia e Espanha, onde teve o primeiro contacto com as doenças raras. O projeto de investigação premiado visa, designadamente, perceber qual a influência da divisão das células na formação de cérebros mais pequenos (microcefalia). Segundo a própria, em declarações ao Diário de Notícias, “as alterações na maquinaria que controla a divisão celular podem causar síndromes e muitos têm em comum a microcefalia. Porque é que existe esta associação não é muito claro e, para uma pessoa que estuda a mitose (divisão das células), é curioso verificar que proteínas são importantes para a divisão das células. Porque é que o cérebro é tão sensível a estas alterações, mais do que as outras células do corpo humano?”
Promovidos pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, L’Oréal Portugal e Comissão Nacional da UNESCO há 18 anos, os prémios “Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência” destinam-se à realização de estudos avançados de investigação científica, a nível de pós-doutoramento, em universidades ou outras instituições portuguesas de reconhecido mérito, no domínio das Ciências, Engenharias e Tecnologias para a Saúde ou para o Ambiente, podendo candidatar-se todas as doutoradas que tenham obtido o grau há menos de 5 anos até à data de abertura do concurso e que não completem, até ao final do ano em curso, mais de 35 anos.
Para José Apolinário, Presidente da CCDR da Região do Algarve, “a entrada em cada vez maior número de mulheres e jovens mulheres na carreira científica é crucial na caminhada para a igualdade de género, no País como também no Algarve, em alinhamento com o desígnio da diversificação da base económica e qualificação dos recursos humanos da Região.“
Sublinhe-se ainda que, a nível europeu, um terço dos investigadores são mulheres, atingindo mesmo os 43 % de investigadores do sexo feminino em Portugal. Motivos para fazer mais e melhor na mobilização de jovens mulheres para a ciência, destacando o brilhantismo e o mérito de jovens investigadoras.