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Mau tempo: BE questiona Governo sobre apoios a horticultores da Póvoa de Varzim

O Bloco de Esquerda (BE) questionou hoje o Governo sobre as eventuais medidas de apoio para os horticultores da Póvoa de Varzim, que, no início do ano, viram as explorações danificadas pelo mau tempo que se fez sentir.

Os bloquistas lembraram que no dia 01 de janeiro a “intensa pluviosidade e vento forte provocaram avultados estragos na agricultura e hortifruticultura nas freguesias de Terroso, Aguçadoura, Navais e Estela, concelho da Póvoa de Varzim”, distrito do Porto, causando “estragos enormes, com estufas destruídas, plásticos arrancados, campos alagados e comprometendo a maioria da produção”.

“A intempérie teve consequências diretas para a destruição de grande parte da cultura e veio agravar substancialmente as condições económicas e financeiras dos agricultores e horticultores, que já estavam numa situação gravíssima devido ao aumento dos combustíveis e fertilizantes”, refere o BE em comunicado.

O partido apontou que “grande parte das explorações não tem qualquer seguro” e considerou “fundamental o apoio por parte do Ministério da Agricultura e Alimentação para que os produtores possam, com a maior celeridade possível, serem compensados pelas perdas avultadas e à sua atividade”.

“Os deputados do Bloco pretendem saber se o Governo tem conhecimento sobre esta matéria e que medidas pensa o Ministério tomar para garantir a prossecução da atividade destes produtores agrícolas”, informou o partido.

Na pergunta entregue hoje na Assembleia da República, o BE questionou, ainda, se “o Ministério da Agricultura já efetuou o levantamento dos prejuízos provocado pela intempérie do dia 01 de janeiro e qual o prazo de atribuição dos apoios para os produtores afetados”.

Os bloquistas lembraram que “a agricultura no concelho da Póvoa de Varzim é a principal atividade de milhares de pessoas, com mais de duas mil explorações hortícolas distribuídas por cerca de dois mil hectares”.

Os distritos do Porto, Aveiro, Braga e Viana do Castelo estiveram sob aviso vermelho no dia 01, entre as 03:00 e as 12:00, devido à previsão de “chuva persistente e por vezes forte”.

O aviso vermelho, o mais grave numa escala de três, para precipitação significa “chuva persistente e por vezes forte, que poderá ser pontualmente acompanhada de trovoada e fenómenos extremos de vento”, segundo a página da Internet do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A Câmara da Póvoa de Varzim foi uma das autarquias da região Norte que decidiu cancelar a festa de fim de ano e fogo de artifício, após reunião entre as autoridades locais, devido às condições climatéricas adversas.


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