O leite é um elemento essencial para a saúde do ser humano, pois contém nutrientes fundamentais para uma alimentação saudável e como tal, ao bebermos leite estamos a contribuir para a prevenção de certas doenças. No entanto, isso só acontece se o leite que bebermos for de boa qualidade, tanto em termos nutritivos, mas essencialmente, em termos sanitários.
Felizmente, o leite que bebemos em Portugal reúne essas duas características, uma vez que a indústria dos lacticínios é das mais rigorosas e os produtos lácteos são dos produtos de origem animal com o maior grau de inspecção. O controlo da qualidade é levado muito a sério e ao mínimo resíduo de substâncias impróprias, o leite é rejeitado e considerado impróprio para consumo, nunca chegando a entrar o circuito de comercialização.
A segurança alimentar, no que respeita o nosso leite, obedece a um conjunto rígido de normas de produção, transporte e armazenamento. A qualidade do leite é avaliada segundo os seguintes critérios: contagem de células somáticas; teor microbiano total; nível de gordura; nível de proteína e nível de ureia. Estes critérios são avaliados logo na fonte de produção (no produtor de leite) segundo intervalos muito rígidos e de uma forma extremamente rigorosa.
Contudo, se os produtores não tiverem os devidos cuidados, pode haver contaminação com repercussões na qualidade do leite e, consequentemente, na saúde humana. As mastites bovinas são um exemplo disso mesmo.
As mastites são uma infecção da glândula mamária e que, em muitos casos, pode alastrar-se para outros orgãos, resultando numa infecção generalizada dos animais. Para além disso, estamos a falar de uma patologia que na sua grande maioria é contagiosa entre as vacas o que resulta numa situação que muitas vezes é muito difícil de controlar. Trata-se da doença mais frequente das explorações leiteiras e com o maior impacto económico na produção leiteira mundial.
As explorações sofrem com a perda do leite descartado, com as reduções transitórias ou permanentes da produção e com o refugo prematuro e, como tal, é fundamental informar e educar os profissionais desta área para os ajudar a maximizar a qualidade do leite do nosso País.
Foi a pensar em tudo isto que a Intervet-Schering Plough desenvolveu o Maxi-leite, um programa de formação, totalmente inovador, que procura melhorar a qualidade do leite e reduzir as mastites bovinas. Aqui, os produtores aprendem os cuidados a ter no maneio, regras de higiene e técnicas de ordenha e, simultaneamente, formas de implementar medidas de prevenção e controlo.
A eficiência produtiva é crucial nos dias que correm e apenas as explorações tecnicamente evoluídas poderão sobreviver a um mercado exigente e a um sector cada vez mais profissional e competitivo.
O leite, não só desempenha um importante papel na infância e adolescência, na formação dos ossos e dentes, como na fase mais adulta, na prevenção de doenças como a osteoporose, problemas cardiovasculares e diabetes.
A prevenção das doenças animais é o garante da saúde pública. Ao adoptar determinados comportamentos nas suas explorações, os produtores e médicos veterinários estão a proteger-nos e a melhorar a nossa qualidade de vida.
Tiago Teixeira
Médico Veterinário
Intervet Schering-Plough