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– 09-12-2013 |
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Medronho floresce como alternativa econ�mica nas montanhas do Centro
A plantação de medronheiros tem vindo a crescer na regi�o Centro por iniciativa de produtores que procuram diversificar as aplica��es do fruto, desde o fabrico de aguardente ao consumo do medronho em fresco. Na Pampilhosa da Serra e em Oleiros, o pequeno fruto vermelho deste arbusto ("Arbutus unedo") sempre foi colhido para fazer aguardente, ap�s fermenta��o de dois a tr�s meses. O medronheiro integra a vegeta��o aut�ctone de várias regi�es de Portugal, como os territ�rios de baixa densidade demogr�fica do Centro. Nas últimas d�cadas, o fabrico de aguardente medronheira prosperou, sobretudo no Algarve. S� que o neg�cio passa muito pela compra do fruto ou da massa, ap�s fermenta��o, a produtores das Beiras que se limitam a colher o medronho silvestre nas serranias de xisto. "� uma planta que se d� bem aqui e que � partida oferece grande rentabilidade econ�mica, desde que seja trabalhada com alguma escala", afirma � agência Lusa Jos� Martins, que possui 36 hectares de medronhal, na Pampilhosa. Tinha sete anos quando deixou a aldeia natal, Signo Samo, acompanhando os pais e os irm�os para Lisboa, onde ainda trabalha no ramo imobili�rio. Na d�cada passada, decidiu dar nova utiliza��o aos terrenos da fam�lia. Em 2005, um inc�ndio destruiu pinhais e eucaliptais na zona, o que incentivou ainda mais a sua simpatia pelo medronheiro. "Havia necessidade de ocupar o solo com uma cultura que não necessitasse de muito trato", recorda. Vizinhos e fam�lia diziam-lhe que, "sem ter grande trabalho", poderia obter os medronhos a partir das �rvores espont�neas. Mas Jos� Martins prefere "uma plantação organizada e limpa". Criou a empresa Lenda da Beira para comercializar aguardente e outros "produtos com hist�ria", como o vinho e o azeite. através de um projecto de jovem agricultor, apoiado pelo Estado, tem vindo a aumentar a área de medronhal e j� possui 22 mil �rvores. A sua aposta vai ser a exportação. Neste inverno, espera obter 15 toneladas de massa e 2.500 litros de aguardente. "Tem de haver capacidade de produ��o e alguma escala", explica Jos� Martins, que compra algum medronho a pequenos produtores e sonha atingir 100 hectares de plantação pr�pria. Em Janeiro, come�ar� a construir a sua destilaria, um projecto apoiado pela C�mara da Pampilhosa da Serra. A venda de frutos frescos, outra das suas apostas, está a ser estudada pela Escola Superior Agr�ria de Coimbra (ESAC), que tem v�rios projectos de investiga��o neste dom�nio. Em Oleiros, Jorge Sim�es Também colabora com a ESAC em diversos ensaios. Este agricultor está a efectuar a terceira colheita, numa área de 15 hectares de medronheiros, plantados h� oito anos, devastada pelo fogo em 2003. No ano passado, obteve 30 tinas, com uma capacidade de 120 litros, de massa, prevendo atingir as 100 unidades nesta safra. Vende toda a produ��o a uma destilaria de Seia. Uma cliente de Arganil acaba de lhe encomendar 200 quilos de medronho para compota. Em Signo Samo, Jos� Martins � surpreendido por um emigrante que quer comprar-lhe ramos de medronheiro para arranjos florais. "Temos o ouro ao p� de casa", afirma o ex-jornalista Jorge Sim�es, que j� teve Também uma suinicultura. Mas agora, aos 72 anos, ele � um assumido entusiasta do medronho. Fonte: Lusa
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