Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, esta terça-feira, aquela que considerou ter sido a “maior operação da História do Brasil de combate ao tráfico de animais silvestres, armas e munições”, tendo sido detidas dezenas de pessoas e resgatados centenas de animais.
De acordo com as publicações brasileiras, foram detidas durante a Operação São Francisco, como foi denominada, 43 pessoas, assim como resgatados mais de 700 animais.
Para além do resgate de animais, foram apreendidos também uma granada, um fuzil, uma pistola, munições e um cinto com explosivos.
Nesta operação atuaram mais de mil agentes, que fizeram 275 buscas não só no estado do Rio de Janeiro, como também nas regiões de São Paulo e Minas Gerais.
Segundo o g1, houve também situações de troca de tiros, tendo uma pessoa sido baleada e hospitalizada em estado grave. Também uma agente foi atingida, na perna, durante uma das buscas na Zona Norte do Rio de Janeiro. A agente encontra-se estável.
“Identificámos 145 autores e conseguimos, junto à Justiça, através de uma longa e complexa investigação, 45 mandados de prisão preventiva, todos por organização criminosa”, explicou um dos agentes responsáveis pela operação, André Prates.
Uma das formas de atuação desta rede está relacionada com primatas, sendo que os animais estavam a ser retirados de “forma cruel” do seu habitat: eram drogados e posteriormente vendidos ilegalmente. Apenas um dos detidos “comercializou mais de 45 mil” primatas, explicou o secretário estadual de Meio Ambiente, Bernardo Rossi. Muitos destes animais estavam a ser caçados na Floresta da Tijuca e no Horto, locais no Rio de Janeiro.
“É o corredor da morte dos nossos animais silvestres. A crueldade é enorme”, declarou o secretário do Meio Ambiente.
ATUALIZAÇÃO | Operação São Francisco, da Polícia Civil RJ
️ 17 pessoas presas
🦜 centenas de animais silvestres resgatados (aves, répteis e mamíferos)A maior operação da história do Brasil contra o tráfico de animais silvestres, armas e munições, realizada com apoio da… pic.twitter.com/tnSv1mJi9L
— Polícia Civil RJ (@PCERJ) September 16, 2025
As autoridades explicaram ainda que também neste esquema havia espécies ameaças, como os jaguares, e que 60% dos animais acabavam por chegar mortos ao destino. O comércio destes animais estaria a dar lucros nas ordens dos milhões à organização criminosa responsável pela rede.
O g1 adianta ainda que devido ao tráfico de animais estavam também a realizar-se feiras clandestinas.
Vejas as imagens na galeria acima.
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