Mercado Caramelo: 10 anos de muito orgulho nas origens e tradições locais

O Mercado Caramelo – Mercado à Moda Antiga prepara-se para celebrar uma década de existência, pautada pela valorização das tradições locais e preservação e promoção da identidade cultural.

A apresentação da 10.ª edição do certame (9, 10 e 11 de maio) decorreu no sábado, dia 12 de abril, no Jardim José Maria dos Santos, em Pinhal Novo, com uma organização entusiasmada, que, a par das entidades convidadas e parceiras, não desmobilizou com a chuva e a trovoada, num final de tarde onde reinou, uma vez mais, a Sopa Caramela.

Luís Fernandes e Manuel Lagarto, da Confraria da Sopa Caramela, fizeram as honras da casa, aproveitando para saudar as parcerias e apoiantes do evento, que continua a sublinhar o «orgulho caramelo», presente nos 40 animadores, resultado do investimento na formação e do trabalho realizado por uma equipa que faz «associativismo a sério».

Para o Presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro, «o Mercado Caramelo é uma imagem de marca do espírito associativo e da capacidade de realização das nossas gentes em torno da identidade, das tradições locais e da autoestima que cada lugar deve ter».

Na sua intervenção, Álvaro Balseiro Amaro referiu a capacidade de bem receber da freguesia, que se traduz, também, na mobilização que o Mercado Caramelo promove. «Hoje já falamos mais dos “caramelos de ficar e de conquistar” porque há aqui gente neste espaço de realização comunitária, que são de outras nacionalidades, que também já trajam e participam nestas tradições. Isto é sinal que este lugar tem esta virtude de acolher gente de todos os locais e adotar todos como filhos e filhas desta terra».

A terminar, o Presidente do Município sublinhou, uma vez mais, «o orgulho muito grande» na capacidade de trabalho da organização deste certame, onde «cada ano é um novo desafio» e «acrescenta mais valor».

Carlos de Almeida, Presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, afirmou-se orgulhoso, uma vez mais, «pelo sabor do que é tão genuíno», a poucos dias de mais uma edição do Mercado Caramelo, que  considera uma «estrada para o futuro». «A cultura local é um abraço que galga a região e procura os caramelos onde quer que eles estejam» referiu, concluindo que «a comunidade, a nossa solidariedade, a nossa liberdade, a nossa igualdade são a nossa resposta, o nosso caminho para o presente e para o futuro».

José Carlos Sousa, Presidente da Assembleia Municipal de Palmela, destacou a capacidade de organização do evento. «Estas iniciativas só se conseguem com o empenho, capacidade de integração, com a capacidade de resiliência de todos, em termos das organizações voluntárias, que o fazem com o coração».

Do programa desta edição, destacam-se a parceria com o Museu – A Estação, espaço onde decorrem atividades diárias; o Mercadito Caramelo, com uma programação dirigida às/aos mais novas/os; a Casa Caramela, que centraliza demonstrações de ordenha manual, de fabrico de queijos, de chouriço, a confeção da Sopa Caramela, entre outras ações; e a Exposição “A Vida de um Ferroviário”, no Rancho Folclórico da Casa do Povo de Pinhal Novo.

Iniciativas como “A mais louca corrida caramela de carrinhos de rolamentos”, “Caça aos gambuzinos”, a bênção dos animais frente à igreja, além dos bailes, da atuação de ranchos folclóricos e demostrações do Jogo do Pau são referências incontornáveis do programa, que este ano homenageia, no dia 9, na inauguração, o Sr. António Brinca.

A 10.ª edição deste certame – uma organização da Confraria Gastronómica da Sopa Caramela e da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, com o apoio do Município de Palmela – pretende recriar, uma vez mais, o primeiro Mercado de Pinhal Novo, antecessor do atual Mercado Mensal, realizado a 9 de maio de 1875.

Recorde-se que o Município de Palmela atribuiu um apoio financeiro de 5.000€ para a realização do 10.º Mercado Caramelo, além da cedência temporária de domínio público, apoio logístico na montagem e desmontagem, plano de comunicação e materiais promocionais, com uma estimativa de custos de 12.000€.

O artigo foi publicado originalmente em Gazeta Rural.


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