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– 09-10-2013 |
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M�todo permite � ind�stria farmac�utica poupar 10 a 40 por cento na descoberta de f�rmacos
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Uma equipa de bi�logos da Universidade de Aveiro (UA) defende que a estratégia que a ind�stria farmac�utica tem usado no fabrico de novos f�rmacos baseados nos compostos sintetizados pelos corais não � a mais eficaz. Em vez de investir nas expedi��es marinhas para capturar os organismos e na sintetiza��o das respectivas mol�culas em laboratério, os investigadores da UA apontam a aquacultura de corais como a op��o mais eficiente e mais sustent�vel. Dependendo da esp�cie de coral e do composto alvo, o custo de produ��o de um novo medicamento com o aux�lio da aquacultura, pode descer de 90 a 60 por cento.
A biodiversidade marinha representa hoje uma enorme esperan�a para a ind�stria farmac�utica na descoberta de compostos que possam dar origem a novos e mais poderosos f�rmacos. "Cada vez mais a fonte de inspira��o para novos f�rmacos está no mar e, por isso, as farmac�uticas estáo-se a virar para os oceanos � procura de novos compostos, nomeadamente dos que são produzidos pelos corais", explica Miguel Leal, aluno de doutoramento do Departamento de Biologia da academia de Aveiro.
Contudo, diz o bi�logo da UA, "a ind�stria farmac�utica indica que não existe uma fonte constante e fi�vel de compostos naturais de origem marinha, uma vez que os organismos produtores dessas mesmas mol�culas não são uma fonte inesgot�vel e que � extremamente caro captur�-los em alto mar".
A solu��o, aponta Miguel Leal, está na aquacultura de corais através da qual o investigador conseguiu demonstrar que � poss�vel produzir as quantidades de matéria-prima necess�rias para que as farmac�uticas avaliem o potencial do novo composto até � fase de ensaios pr�-clúnicos. Igualmente, a aquacultura "� um processo fi�vel, sustent�vel e tem um pre�o economicamente vantajoso em alternativa � que existe hoje em dia, a s�ntese qu�mica em laboratérios, que procura clonar as amostras recolhidas em dispendiosas expedi��es oce�nicas".
Matérias-primas dentro do laboratério
"não h� nenhuma s�ntese qu�mica em laboratério que consiga reproduzir exactamente o mesmo composto natural para além de que, para se chegar ao composto desejado, � preciso fazer muita experimenta��o e falhar muitas vezes", salienta Miguel Leal. E mesmo tendo um composto sintetizado � semelhan�a dos produzidos pelos corais, � preciso provar que funcionam no combate a determinada doen�a. Se a resposta for negativa, todo o enorme investimento � deitado fora e � necess�rio regressar ao mar para capturar mais amostras.
Assim, uma das vantagens da aquacultura de corais apontadas pelo investigador "� ter dentro de um aqu�rio não s� o verdadeiro composto produzido pelo animal, uma fonte que não falha porque � o produtor natural dessas mesmas mol�culas, como Também várias especies prontas a serem estudadas".
"No princ�pio do processo do desenvolvimento de novos f�rmacos, o risco de falhar � muito grande, e por isso os custos associados � s�ntese qu�mica em laboratério são enormes, a aquacultura destes corais para lhes extrair as mol�culas desejadas � uma op��o perfeitamente vi�vel", garante Miguel Leal. A partir do momento em que se provar que vale a pena investir nesse composto, seguir-se-� a sua produ��o em massa. S� nessa altura, aponta o bi�logo, � que faz sentido investir na s�ntese qu�mica j� que "para os ensaios pr�-clúnicos � preciso uma quantidade enorme de matéria-prima a que a aquacultura ainda não d� resposta".
O trabalho de Miguel Leal, realizado no ambito do Doutoramento realizado no DBio sob orienta��o do bi�logo Ricardo Calado, foi publicado em Outubro na Trends in Biotechnology, uma revista de refer�ncia na área da Biotecnologia.
Fonte: UA
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