Em nota à comunicação social, o Governo clarifica que Hugo Pires “vendeu a empresa CRIAT, que não é da área do ambiente mais sim de arquitetura e construção”, em 2021, não prevendo na época que podia “ser convidado para o cargo de Secretário de Estado do Ambiente” em 2023.
O novo secretário de Estado do Ambiente, que tomou posse na quarta-feira, “não tem atualmente qualquer participação social em alguma empresa”, ou “qualquer inibição ou impedimento, de qualquer tipo, no exercício das funções que lhe foram confiadas”.
O Ministério do Ambiente adianta ainda que Hugo Pires, enquanto deputado, “participou nos trabalhos da Comissão de Ambiente e de Energia da Assembleia da República, experiência importante para as tarefas que agora desempenhará”.
“Cumpriu com os seus deveres declarativos enquanto deputado”, concluiu o comunicado, emitido horas depois de o Sol revelar que o novo secretário de Estado vendeu uma empresa de arquitetura, engenharia e construção a duas gestoras com ligação a um grupo que importa resíduos perigosos.
Hugo Pires vendeu, em 2021, um ateliê de arquitetura e reabilitação urbana a uma empresa agrícola detida por duas irmãs “que também são sócias e irmãs dos dois acionistas principais do grupo Semural – de tratamento de lixo e resíduos”, adianta o jornal.
Além de este grupo estar envolvido na polémica relativa ao aterro sanitário de Valongo, o novo secretário de Estado será ainda detentor de uma outra empresa, na área dos “investimentos imobiliários”.
Nova polémica no Governo?
A CRIAT – Arquitetura & Reabilitação Urbana foi vendida, em 2021, à empresa agrícola “Penedo do Frade”, de Lucinda Isabel […]