A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, apresentou hoje no Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, em Nelas, a Rede de Inovação da Agenda de Inovação da Agricultura 20|30. Esta iniciativa, contou também com a presença da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e, ainda, do Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, em representação do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Esta Rede de Inovação, composta por 24 polos, distribuídos por todo o país, procura transformar o conjunto de estruturas dispersas e desarticuladas do Ministério da Agricultura que existem, numa Rede consolidada, coerente, moderna, e orientada para as necessidades do setor agrícola e agroalimentar nacional.
Esta Rede de Inovação, vai ainda contribuir para reforçar o ecossistema nacional de investigação e inovação agrícola e agroalimentar, promovendo a modernização, a digitalização, a competitividade e a sustentabilidade do setor agroalimentar. Visa também criar uma estrutura de proximidade, muito orientada para a transferência de conhecimento e de tecnologia, que satisfaça, em simultâneo, as necessidades das grandes explorações mais competitivas e das pequenas explorações agrícolas familiares.
A Rede de Inovação vai promover as dinâmicas locais e regionais relacionadas com a agricultura e áreas conexas, favorecendo a fixação de pessoas em territórios de baixa densidade, a valorização dos recursos endógenos e da produção nacional e do desenvolvimento integrado.
A Rede de Inovação tem por objetivo, ainda, aumentar a eficácia, a eficiência e o impacto das infraestruturas científicas e tecnológicas do Ministério da Agricultura, mas modernizando as que integram a Rede, maximizando sinergias e complementaridades com outras estruturas do ecossistema de inovação (Institutos Politécnicos, Universidades, Laboratórios Colaborativos, Centros de Competências, empresas com atividades de investigação e desenvolvimento).
Recorde-se que o Ministério da Agricultura detém um conjunto de estruturas de grande relevância para Portugal aptas para a investigação aplicada, desenvolvimento experimental e demonstração, dispersas por todo o país, mas que estão, muitas delas, degradadas, obsoletas e com uma atividade desalinhada com os desafios e necessidades da agricultura de hoje. Estas estruturas apresentam-se como estações experimentais, laboratórios, estruturas piloto e infraestruturas de conservação e valorização dos recursos genéticos nacionais destinados à alimentação, mas a ausência de uma visão integrada desta Rede, associada à falta de uma definição clara das linhas estratégicas para a agricultura nacional conduz a que a Rede atual tenha, hoje, um impacto insuficiente na modernização e preparação para os grandes desafios (digitalização, alterações climáticas, descarbonização, desenvolvimento dos meios rurais) das fileiras agroalimentares nacionais.
A Rede de Inovação hoje apresentada procura, segunda a titular da pasta da Agricultura “desenvolver a atividade de Investigação e Inovação, a formação e transferência de conhecimento e tecnologia, a promoção do empreendedorismo de base rural e a valorização dos recursos endógenos”.
Maria do Céu Antunes explicou também que esta rede “tem como foco desenvolver as Cadeias de Valor e a valorização dos Recursos Endógenos e foca-se em várias fileiras da agricultura portuguesa: fruticultura, na vinha, no vinho e no espumante, no olival e no azeite, na horticultura, nos cereais, nas leguminosas, na produção animal, nas pastagens e nas forragens”.
Esta Rede de Inovação procura ainda desenvolver um conjunto de grandes iniciativas emblemáticas transversais, desde os “Territórios Sustentáveis”, a “Revitalização das zonas rurais”, a “Mitigação” e a “Agricultura Circular”, a “Adaptação às alterações climáticas”, a “Alimentação Sustentável”, (com a promoção da dieta mediterrânica), a “Agricultura 4.0”, “Uma só saúde” e a “Transição Agro Energética”.
Governo apresenta rede de inovação para enfrentar no futuro os desafios da agricultura