udo vai depender da forma como vamos fazer o negócio, como vamos cumprir com as nossas obrigações no pagamento desta linha de crédito. Se formos eficientes, sérios, de certeza absoluta que este valor vai crescer cada vez”, disse Chapo, na abertura do Fórum Empresarial Portugal Moçambique, com cerca de 600 empresários dos dois países, no Palácio da Bolsa, no Porto, à margem da cimeira entre os dois países, que decorreu durante a manhã.
“Moçambique não quer investidores de ocasião, mas sim parceiros de longo prazo, daí endereçar os parabénsa a sua excelência, primeiro-ministro português, à visão que tem de começar com este valor de 500 milhões de euros para a linha de crédito, mas com uma perspetiva de crescimento”, acrescentou Chapo.
No final da cimeira, em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado moçambicano anunciou ter convidado o primeiro-ministro para visitar Moçambique, em datas a acertar. Durante o fórum empresarial, Chapo avançou a possibilidade de realizar um encontro do género, em 2026, em Moçambique.
“Estou extremamente impressionado com o número de empresários, tanto portugueses como moçambicanos, que estão aqui presentes e de certeza absoluta que próximo ano em Moçambique voltamos a nos encontrar para avaliar o que é que nós fizemos desta reunião até 2026”, acrescentou Chapo, que chegou a ser ovacionado na intervenção de abertura no fórum.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou ao final da manhã que Portugal vai disponibilizar uma linha de crédito de 500 milhões de euros para incentivar as empresas portuguesas a investirem em Moçambique.
Luís Montenegro falava ao lado do Presidente moçambicano, Daniel Chapo, na conferência final da sexta cimeira Portugal-Moçambique, que se realizou hoje no Palácio da Bolsa, no Porto, com cerca de duas dezenas de governantes dos dois países.
“Queremos com isso significar a confiança que temos na economia de Moçambique e dizer às empresas portuguesas que estamos ao lado delas no processo de internacionalização”, afirmou.
De acordo com o primeiro-ministro português, esta linha de crédito, destinada a áreas variadas, é uma forma de dizer às empresas portuguesas: “Olhem para Moçambique e para o processo de estabilização política e social do país e a sua ambição económica”.
Na fase de perguntas e respostas, Montenegro clarificou que, no primeiro ano, o montante disponível será de 100 milhões de euros, atingindo-se gradualmente os 500 milhões de euros.
Quanto às áreas de atividades, disse poder abranger setores de atividade tão diversas como obras públicas, agricultura, energia, água, transportes ou turismo.
“Agora vai ficar do lado das empresas a apresentação dos respetivos projetos e a avaliação que será feita por parte dos dois governos”, afirmou.
Portugal e Moçambique assinaram hoje 22 instrumentos jurídicos na sexta cimeira bilateral entre os dois países.
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