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Moçambique espera ser autossuficiente em arroz dentro de cinco anos

O ministro da Agricultura de Moçambique, Celso Correia, disse hoje que o país poderá ser autossuficiente em arroz dentro de cinco anos, confiante em indicadores de crescimento do setor.

“Tudo indica que nos próximos cinco anos iremos atingir a autossuficiência em termos de produção. O nosso desafio da balança de pagamentos começa aqui”, referiu.

O governante falava na cerimónia de relançamento da unidade de processamento de arroz do Complexo Agro-industrial de Chókwè (CAIC), na província de Gaza, sul do país, zona historicamente conhecida pela produção do cereal.

Moçambique consome cerca de 580 mil toneladas de arroz por ano, mas 40% é importado e custa, pelo menos, 130 milhões de dólares anuais (112 milhões de euros por ano), de acordo com os mais recentes dados do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM).

Ao mesmo tempo, estima-se que o consumo cresça 8,5% ao ano, a par do crescimento populacional de 2,5% anuais num país com 30 milhões de habitantes.

Celso Correia antecipa um crescimento assente na requalificação das áreas de regadio dando como o exemplo o investimento no Chókwè, onde há mais cinco mil hectares de área cultivada, esperando-se que contribua com um acréscimo de 20 mil toneladas de arroz para a atual campanha.

As medidas de recuperação em várias zonas do país fazem parte do programa Sustenta, iniciativa governamental de desenvolvimento do setor agrário, que inclui a distribuição de consumíveis e equipamentos aos pequenos produtores.

O complexo hoje relançado está sob gestão da empresa pública Hidráulica de Chókwè, mas Celso Correia referiu que há contactos para o entregar a operadores privados.

O espaço industrial de processamento de arroz foi inaugurado em 2015 e viria a paralisar dois anos depois, entre outras razões, por falta de matéria-prima suficiente em condições viáveis.

Agora, os sacos que saem da linha de produção vão ser entregues às Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas, para alimentar o efetivo em operação nas zonas norte e centro do país, anunciou o ministro da Agricultura.


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