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– 29-07-2014 |
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Moçambique: Libertados predadores para controlo de praga da mosca da fruta no centro do país
A Direcção Provincial da Agricultura de Manica libertou 1.314 parasitoides numa zona infestada pela mosca da fruta em Macate, Manica, centro de Moçambique, cuja produção está interdita de ser exportada para o sul do país e estrangeiro. Dois grupos de predadores, libertados em pomares de uma associação de camponeses em Macate, uma forte região produtora de frutas, têm a tarefa de destruir os ovos e a larva da mosca da fruta, que provocou um sufoco financeiro aos agricultores, devido a enormes perdas de produção e queda de comercialização. "Num esforço do departamento de sanidade vegetal iniciámos a libertação dos parasitoides, considerados inimigos naturais da mosca da fruta, para reduzir o estrago que esta vinha causando aos produtores", disse Sónia Nhamaumbo, diretora provincial da Agricultura de Manica. O Ministério da Agricultura (MINAG) interditou, em 2010, a entrada da fruta (manga, banana, líchias, laranja, tangerina e abacate) de Manica para o sul do país, Zimbabué e África do Sul, seus principais mercados da região, devido a suspeitas da mosca da fruta, provocando um "desgaste económico dos produtores", limitados à comercialização local. A interdição foi apenas levantada para a banana verde desde 2013. Em Manica, as regiões de Dombe (Sussundenga), e os actuais distritos de Macate e Vanduzi, largamente férteis na produção de frutas, foram postas em quarentena, depois de várias armadilhas capturarem a mosca, e continuam sob rigorosa vigilância das autoridades de sanidade vegetal do MINAG. "Seria um enorme alívio se os parasitoides lançados parassem com a destruição da fruta, porque temos sofrido um prejuízo enorme com a mosca da fruta", disse à Lusa Augusto Massarudze, um produtor, que enterrou toneladas de banana por falta de mercado. Antónia Cadeado, também produtora de fruta, tem a esperança na libertação dos parasitoides e no fim da praga, mas também o regresso da vontade de produzir mais, para compensar as perdas económicas dos últimos anos. Até dezembro próximo, 700 mil parasitoides devem ser libertados em quintas de produtores, cobrindo 10% dos 14 mil hectares reservados para a produção de fruta em Manica, mas os resultados dos predadores só serão visíveis a partir de 2017. "Mensalmente e durante a fase de frutificação viremos recolher as frutas para o laboratório e incubar para ver se as frutas têm parasitoides e certificar que estes estão estabelecidos", explicou Luís Bota, engenheiro agrónomo, que desenvolve as técnicas para o controlo biológico da mosca da fruta. Os parasitoides, importados de Nairobi (capital do Quénia), estão a ser multiplicados no laboratório da mosca de fruta, implantado em Manica, para atender à procura em moçambique e alguns países da região, como África do Sul e Zimbabwe. Fonte: Angop
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