Moçambique recebe donativo de 100 mil doses de vacina antirrábica

ínhamos alguma limitação, porque tínhamos só alguma reserva, para questões de emergência”, disse aos jornalistas o diretor nacional adjunto da Direção Nacional de Sanidade e Biossegurança, Abel Xilundo, após a receção destas doses, em Maputo, sublinhando que permitirão “ampliar” o processo de vacinação.

O responsável adiantou que em 2024 registaram-se em Moçambique 31 mortes provocadas por raiva, enquanto este ano, até junho, já se contabilizam 14, num horizonte de cerca de 19 mil mordeduras de animais.

As doses de emergência que o país dispunha foram entretanto utilizadas para reforçar a vacinação após casos na província de Tete, acrescentou.

Segundo o Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas, esta entrega, avaliada em 80 mil dólares (68,5 mil euros), insere-se na iniciativa “Zero by 30”, que tem como meta eliminar as mortes humanas causadas pela raiva canina até 2030.

“Esta receção dá-nos a possibilidade de, em cada uma das províncias, para além daquelas de maior risco, podermos alocar esta vacina e poder, de facto, assegurar que haja a campanha de vacinação antirrábica, particularmente em cães e gatos”, explicou, acrescentando que Moçambique prevê adquirir este ano 350 mil doses, sendo que, após esta doação – pedida pelo país à OMSA, enquanto membro -, as restantes 250 mil doses deverão chegar até final do ano.

O diretor nacional adjunto sublinhou que a doação “vai contribuir em larga escala para poupar aquilo que são os esforços do Governo na aquisição” das vacinas, “mas acima de tudo ampliar” o processo de vacinação e com isso assegurar que o país tem animais protegidos, sem que representem “um perigo para a saúde pública”.

“A raiva é uma doença que mata e infelizmente ainda continua matando no nosso país. E esta doação da Organização Mundial de Saúde Animal, de facto, vem reforçar os esforços que o Governo tem empreendido para controlar essa doença mortal”, concluiu Abel Xilundo.

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