Separam a cortiça da lenha, mas não querem separações de género: Sara Santos e Ioan Glodean trabalham no campo com as mesmas tarefas e o mesmo salário dos homens e são exemplo do peso que as mulheres têm na força de trabalho agrícola. O MIRANTE conversou com as duas funcionárias da Floripinhas, de São José da Lamarosa, Coruche, a propósito do Dia Internacional da Mulher Rural, comemorado a 15 de Outubro.
Quem diz que as mulheres são o sexo fraco é porque não viu a facilidade com que Sara Santos e Ioan Glodean pegam nas pernadas dos sobreiros para as levar à máquina que separa a lenha da falca, um tipo de cortiça que se encontra nos ramos dos sobreiros. Os incontáveis quilos que passam todos os dias pelas mãos das duas funcionárias da empresa de exploração florestal Floripinhas, de São José da Lamarosa, em Coruche, não parecem sobrecarregá-las: Sara e Ioan trabalham no campo por gosto e, para ambas, isso é um descanso. “Chegamos à noite com o físico cansado, mas o psicológico vai leve”, garante Sara Santos, com a força guardada por detrás de um corpo franzino.
Hoje com 34 anos, Sara começou a trabalhar na […]