O ataque da última madrugada provocou também mais de 80 feridos, segundo o governador da região de Kiev, Timur Tkachenko. Pelo menos 30 destas pessoas foram entretanto hospitalizadas.O número de vítimas mortais do mais recente
bombardeamento russo sobre Kiev poderá aumentar nas próximas horas,
admitiu o governador regional.
A capital ucraniana foi abalada, ao longo de horas, por sucessivas explosões, que atingiram, além de edifícios de habitação, escolas e hospitais em 27 zonas da cidade.
Na plataforma de mensagens Telegram, o presidente ucraniano publicou um curto vídeo que mostra escombros e um edifício atingido pelos projéteis russos. “Kiev. Ataque com mísseis. Atingiu diretamente um edifício residencial. Sob os escombros há pessoas. Todos os serviços estão a funcionar. Terroristas russos”, resume.
Terão sido lançados sobre edifícios residenciais de Kiev mais de 300 drones e oito mísseis, ainda de acordo com Zelensky, que descreveu o ataque como mais uma demonstração da ausência de empenho de Moscovo no processo de paz agitado pela Administração norte-americana de Donald Trump.
“Hoje o mundo voltou a ver a resposta da Rússia ao nosso desejo de paz com a América e a Europa. Como tal, a paz sem força é impossível”, propugnou.O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, deu conta de pelo menos nove crianças entre os feridos.
Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos veio afirmar que, “dentro de dez dias”, a sua Administração começaria a impor tarifas e outras medidas sancionatórias contra a Rússia, à falta de progressos nas negociações para um cessar-fogo.
“Esta é a resposta de Putin aos prazos de Trump”, resumiu a primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, a repercutir as palavras de Zelensky.
“O mundo deve responder com um tribunal e pressão máxima”, rematou a governante.
c/ agências