O Algarve recebe a partir desta sexta-feira, dia 26 de setembro, um espaço cultural único em Portugal: o Museu Zer0 – Centro de Arte Digital. Localizado em Santa Catarina da Fonte do Bispo, no concelho de Tavira, é apresentado esta manhã, às 12:00, numa visita de imprensa que dá a conhecer as valências deste novo equipamento, as obras em exibição e os criativos que iniciam um novo período de residências artísticas.
A iniciativa, promovida pelo Instituto Lusíada de Cultura, inclui transporte de Lisboa para os jornalistas presentes, assegurando todas as condições logísticas para a participação.
Um espaço singular em Portugal
O Museu Zer0 resulta da reabilitação das antigas instalações da Cooperativa Agrícola de Santa Catarina da Fonte do Bispo, transformando os antigos silos e armazéns num centro inovador dedicado à arte digital.
De acordo com a instituição, o museu distingue-se por ser “uma plataforma viva e experimental, focada na criação, produção, apresentação, investigação e formação em arte digital”.
O projeto aposta na produção site-specific, ou seja, obras concebidas em estreita relação com o espaço arquitetónico e o contexto local, utilizando diferentes tecnologias digitais. Sem um acervo permanente tradicional, o museu funcionará como Oficina Viva, acolhendo artistas em residência e desenvolvendo uma programação curatorial crítica e dinâmica.
Um gesto cultural arrojado
Para Fátima Marques Pereira, Programadora Geral da Abertura do Museu Zer0, este é um espaço que se pretende vivido:
“No Museu Zer0, cada projeto é uma interrogação que atravessa o digital, o território, o espaço, o humano e o mundo. Este é o ADN de um museu que não se visita, VIVE-SE.”
A responsável sublinha ainda que a abertura do museu será “um marco na paisagem cultural do Algarve e do país”, devolvendo sentido a um espaço industrial refuncionalizado e inaugurando “um tempo novo — onde a arte digital, a tecnologia e o território interagem para transformar o modo como habitamos o presente e projetamos o futuro”.
Programação e missão
Com uma forte componente internacional, o Museu Zer0 pretende colocar Portugal na rota da arte digital contemporânea, promovendo a convergência entre arte, tecnologia, conhecimento e território.
A programação de abertura integra instalações, ações performativas, vídeo mapping, concertos e experiências imersivas, sempre em diálogo com o território algarvio, as suas tradições, a memória coletiva e os desafios da sustentabilidade.
O projeto assume ainda uma dimensão social, ao valorizar práticas culturais locais e ao promover o acesso inclusivo à arte digital, envolvendo comunidades, escolas e públicos diversos.
Uma nova centralidade cultural no Algarve
O Museu Zer0 posiciona-se como um centro de gravidade para práticas artísticas inovadoras, que pretende projetar o Algarve no panorama internacional da arte contemporânea.
Como resume Paulo Teixeira Pinto, fundador do projeto:
“0 zer0 nã0 s1mb0l1za 0 vaz10, 0 nada, mas, pel0 c0ntrár10, c0nsubstanc1a 0 t0d0, a plen1tude.”
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