O Eucalipto de Contige é o vencedor da 6ª edição nacional da Árvore do Ano. A The Navigator Company felicita o município de Sátão e as suas populações por esta vitória, que vem enaltecer uma das espécies mais importantes da floresta nacional e dá os parabéns à UNAC – União da Floresta Mediterrânea por promover uma iniciativa que valoriza as muitas espécies da floresta nacional.
O Eucalipto de Contige, considerado uma das maiores árvores do país, foi nomeado pela Junta de Freguesia de Sátão, Viseu. A sua plantação remonta a 1878, quando se abriu a Estrada das Donárias, sendo que é, hoje, considerada pela Universidade de Aveiro “a maior árvore classificada” em território português.
Com 43 metros a altura, uma copa grandiosa e um perímetro à altura do peito, de mais de onze metros, que só oito pessoas juntas conseguem abraçar, são algumas das razões que levaram à eleição da espécie como Árvore Portuguesa do Ano 2023.
Esta foi a primeira vez que um eucalipto venceu a competição, com 3.046 votos. Depois das edições anteriores premiarem exemplares notáveis de espécies autóctones ou ornamentais, este ano os portugueses elegeram o Eucalipto de Contige, levando a UNAC a questionar se “existe uma nova geração na opinião pública para a qual o eucalipto é encarado em pé de igualdade com as restantes árvores, sendo a sua beleza e porte alvo de atenção, justificando que há espaço para todos”. “A inclusão também chegou à floresta”, remata a entidade que promove a iniciativa.
Em Portugal, existem centenas os eucaliptos monumentais, de diferentes espécies. O Eucalipto de Contige é um destes exemplares. Com aproximadamente 140 anos, perdurou no tempo apesar de todas as intervenções urbanísticas e rodoviárias na sua envolvente.
O eucalipto encontra-se presente em Portugal há cerca de dois séculos e faz hoje parte do imaginário e do património florestal do nosso país, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento ambiental, social e económico. É uma das espécies mais importantes da floresta nacional, o principal sumidouro de dióxido de carbono de que o país dispõe. São particularmente eficientes na fotossíntese, fixação de carbono e produção de oxigénio.
Anualmente, e por hectare, o eucalipto sequestra cerca de 11,3 toneladas de CO2, um valor que representa o maior nível de captação anual das espécies presentes na floresta nacional.
Além do eucalipto, nos cerca de 105 mil hectares de floresta da Empresa em Portugal, foram identificadas 245 espécies de fauna e mais de 850 espécies e subespécies de flora, bem como múltiplos habitats prioritários para a conservação.
Todos os anos, os viveiros da Navigator dão vida a mais de 12 milhões de árvores. Estes viveiros – os maiores da Europa – produzem, a par do eucalipto globulus, 135 espécies diferentes de árvores e arbustos. Muitas destas, ainda que não tendo viabilidade económica, são financiadas pela Companhia, para conservação da biodiversidade e para garantir a continuidade das diferentes espécies.
Portugal apresenta uma elevada diversidade florestal. Por isso, de parabéns estão também as restantes árvores a concurso: a Azinheira de Alportel, em São Brás de Alportel, que arrecadou o segundo lugar; o Castanheiro Gigante de Guilhafonso, que subiu ao terceiro lugar; a Oliveira Real, de Pedras d’El Rei (Tavira); o Plátano do Palácio da Anadia, em Mangualde: a Oliveira dos Faraós, nas Mouriscas (Abrantes); o Metrosídero ou Árvore-do-Fogo, em Mafra; a Oliveira Milenar, em Lagoa; a Oliveira de Casais de São Brás, em Santarém; e o Carvalho de Calvos, na Póvoa de Lanhoso.
Votações para Árvore Europeia do Ano
O Eucalipto de Contige representará Portugal no concurso europeu Tree of the Year, uma competição composta por vencedores dos diferentes concursos nacionais. É organizada pela Associação de Parceria Ambiental (EPA) e as votações decorrerão on-line durante o mês de fevereiro de 2023.
Desde 2011 que se realiza o Concurso Árvore Europeia do Ano. A iniciativa foi inspirada no popular concurso checo Árvore do Ano, organizado pela Czech Environmental Partnership Foundation, e tem como propósito destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural.
A Árvore Europeia do Ano, ao contrário de outros concursos, não se foca apenas na beleza, dimensão ou idade da árvore, mas na sua história e ligação com as pessoas, fatores que as tornam parte de uma comunidade maior.
Portugal estreou-se no concurso Árvore Europeia do Ano em 2018, ano em que uma árvore portuguesa conquistou a competição, com a vitória do Sobreiro Assobiador, em Águas de Moura.
Fonte: Navigator Company