O primeiro-ministro, António Costa, frisou hoje que ninguém pode estar descansado em Portugal quanto ao risco de incêndio, face à realidade da floresta no país e às alterações climáticas.
“Ninguém pode estar descansado relativamente aos riscos de incêndio”, afirmou António Costa, que falava aos jornalistas em Aigra Velha, uma aldeia do concelho de Góis, onde uma equipa de sapadores florestais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tem realizado trabalhos de gestão de combustível.
Apesar de toda a “cadeia” de operações associada ao combate a incêndios estar “empenhada e mobilizada”, o primeiro-ministro admitiu que o contexto acaba por não ser favorável face à realidade da floresta no país e às alterações climáticas, que irão “aumentar todos os anos o risco”.
“É importante as pessoas perceberem que isto é um esforço de equipa”, notou, apontando para a necessidade de se avançar com a “reforma estrutural da floresta”, para que o país tenha “uma composição do espaço florestal que melhore o rendimento dos produtores e que permita que não haja um território só ocupado por eucaliptos e pinheiros – árvores de crescimento rápido -, que aumentam o risco de incêndio quando há uma excessiva concentração”.
“Temos que diversificar a composição daquilo que é a ocupação deste território para termos mais resistência. Esse é um trabalho fundamental”, vincou António Costa, que tem percorrido hoje diversos concelhos da região Centro para verificar no terreno os meios e recursos para o combate aos incêndios, numa semana que se prevê de altas temperaturas.