No Alentejo, a chuva veio tarde e os benefícios são pontuais

As precipitações atmosféricas das últimas semanas no país a sul do Tejo não alteraram o cenário de escassez que pode vir a verificar-se dentro de dois meses na agricultura de sequeiro e na pecuária.

A expectativa de forte e persistente precipitação atmosférica na região sul do país, no início da Primavera, não se confirmou. Varrida por mais um ciclo de seca severa e extrema em grandes extensões, a região alentejana esperava ter neste momento barragens, charcas e ribeiros com água que bastasse para as necessidades da agricultura de sequeiro e a pecuária. “Se chovesse em Fevereiro a água que estamos a receber, ajudava-nos mais” ajuíza José da Luz, presidente da Associação de Agricultores do Campo Branco (AACB), extensão territorial com quase 80 mil hectares que abrange os concelhos de Castro Verde, Mértola, Ourique e parte de Santiago do Cacém e Beja.

Para este agricultor, a “chuva chegou tarde”. Mesmo assim, veio quando já pensavam “que estava tudo perdido”, para melhorar “um pouco” a situação no Campo Branco, onde a tonalidade cinzenta já cobria o solo pobre e esquelético da peneplanície. O verde salpicado do branco das margaças e o vermelho das cada vez mais raras papoilas voltou a ser pasto para o gado que já não dispunha de fenos nem palhas.

Mas José da Luz não acalenta muitas esperanças. “Os ribeiros estão secos” assim como as charcas e pequenas barragens e “continuamos a precisar de muita massa verde para a ensilagem” mas dúvida que tal possa vir a acontecer. “Fenos e palhas não há, nem aqui (no Campo Branco) nem em Espanha”, a […]

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