No Alentejo das monoculturas intensivas, a comunidade imigrante veio para ficar

São provenientes de países asiáticos, são “muito abertos e simpáticos” e muitos desejam fixar-se permanentemente no Sudoeste Alentejano. “Há famílias cujos filhos já nasceram em Portugal”, nota o fotógrafo André Rodrigues, autor do projecto que se encontra em exposição ao abrigo dos Encontros da Imagem. “Dentro de 10 ou 15 anos, o Alentejo será uma região multicultural.”

Nas ruas da vila de São Teotónio, no concelho de Odemira, Sudoeste Alentejano, há novos rostos que se cruzam com os velhos. As novas comunidades imigrantes, oriundas sobretudo de países asiáticos como o Nepal e da Índia, estão “a alterar profundamente a demografia do literal Alentejano”, observa André Rodrigues em entrevista ao P3, a propósito do projecto fotográfico Ponto de Chegada, que se encontra em exposição no festival internacional de fotografia Encontros da Imagem.

“Quando andas nas ruas da vila, vês sobretudo portugueses idosos e jovens estrangeiros. É uma dicotomia interessante, sobretudo porque permite antever a ocorrência de uma alteração no Alentejo futuro.” Existe, na opinião do fotógrafo, “uma inversão radical do fenómeno” migratório da região; se na década de 1960, ela foi um ponto de partida, hoje é um ponto de chegada. “Quem são estas pessoas que atravessam o mundo dispostas a fazer o trabalho que os portugueses recusam, ou para o qual não existe mão-de-obra suficiente? Qual será o impacto cultural deste fenómeno na região?” Estas questões são o fio condutor do projecto […]

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